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sexta-feira, novembro 22, 2024

Na Câmara, seminário visa discutir custos em logística de políticas públicas na Amazônia

Para a autora do requerimento, o seminário é uma ferramenta para debater a equidade dos investimentos públicos

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A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados realiza seminário nesta terça-feira (7) para debater o chamado “fator amazônico”, termo utilizado para se referir aos custos adicionais de logística e transporte que empresas e governos precisam arcar para realizar ações na região amazônica.

A autora do requerimento para a realização do seminário é a deputada Professora Goreth (PDT-AP). Ela considera o seminário uma ferramenta para debater a equidade dos investimentos públicos, ou seja, uma distribuição “justa e equitativa” de recursos segundo as características das diferentes regiões do Brasil.

Necessidades
“Os investimentos devem ser distribuídos de forma proporcional às necessidades e potencialidades de cada região ou setor, levando em consideração as características geográficas, socioeconômicas e culturais de cada localidade, o que ainda não é uma realidade no Brasil”, disse a deputada.

“A equidade de investimentos é importante para garantir que todas as regiões e setores tenham condições igualitárias de competir e se desenvolver, contribuindo para a redução das disparidades econômicas e sociais e para a promoção de um desenvolvimento mais sustentável e integrado”, acrescentou.

Alimentação escolar
Como exemplo das peculiaridades da Amazônia, a deputada cita a alimentação escolar oferecida nas regiões ribeirinhas, que chega de balsa, barco ou pequenos aviões. “A distribuição da merenda escolar envolve planejamento de logística e movimenta um número significativo de pessoas. Ademais, alguns problemas importantes dificultam essa dinâmica, como os portos de difícil acesso e os lugares de vazantes com a terra em processo de secagem”.

Nessas localidades, lembra a deputadas, é comum que a própria natureza determine o calendário escolar, obrigando muitas escolas ribeirinhas a adaptarem o horário das aulas ao momento da maré cheia. “Outros alunos passam mais de duas horas diárias navegando os rios amazônicos para chegar à escola e quando chegam ao destino não encontram sequer uma alimentação reforçada, por que devido o custo, na maioria das vezes, crucifica-se a qualidade”, destacou.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

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