Em uma anotação encontrada no celular da delegada da Polícia Federal Marília Ferreira, ex-braço direito de Anderson Torres, constava que “havia uma certa pressão” para relacionar o Partido dos Trabalhadores (PT) com facções criminosas, após o primeiro turno das eleições de 2022.
De acordo com a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o texto descreve a mobilização do Ministério da Justiça diante da “preocupação” de Torres com o Nordeste, região onde Lula dominava as opções de voto, ao contrário de Jair Bolsonaro.
O texto foi encontrado no celular da delegada, o qual foi entregue à CPI que investiga os atos de 8 de janeiro. No entanto, não é possível saber exatamente o dia em que ele foi escrito.
De acordo com o relatório da Apple, existiam apenas 5 notas no celular de Marília, que foram feitas no período entre 31 de dezembro de 2021 e 18 de agosto de 2023.
“Havia uma preocupação do ministro com o Nordeste e ele falava muito na Bahia, pois havia visto no mapa com o planejamento do primeiro turno que havia pouca distribuição de equipes no interior da Bahia. Desde antes do primeiro turno, a DINT recebia dezenas de vídeos e postagens de pessoas, a maioria delas fake news, sobre compra de votos e ligação do PT com facções criminosas”, dizia um trecho do texto.
Marília e Anderson Torres são o centro das investigações da Polícia Federal que apura se a Polícia Rodoviária Federal montou centenas de blitzes no segundo turno para atrapalhar a votação de eleitores petistas e favorecer Jair Bolsonaro.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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Da Redação
Revisão textual: Vanessa Santos
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