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terça-feira, julho 2, 2024

Como medida de segurança por estiagem, prefeitura interdita Praia da Ponta Negra

O aumento brusco de profundidade coloca em risco a vida de banhistas

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O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) anunciou a interdição para o banho da praia da Ponta Negra, na zona oeste da cidade, por 90 dias a partir desta segunda-feira (2) devido à vazante do Rio Negro.

Na sexta-feira (29), o nível da água ficou abaixo do limite de segurança de 16 metros, ao atingir 15,88 metros de profundidade, conforme medição do Porto de Manaus. Nesta segunda, a profundidade é 15,29 metros.

“Pode prolongar ou pode ser diminuído esse prazo [de interdição da praia para os banhistas] em função da severa estiagem que estamos passando. Um momento histórico de mudanças climáticas que nos traz uma reflexão sobre o que está acontecendo com o mundo. Vivemos na maior bacia hidrográfica do mundo […] e estamos vendo a mortandade, que antes eram pequenos peixes, agora vários botos sendo encontrados mortos e desbarrancamento em Beruri. Isso nos traz uma reflexão”, disse Almeida.

A interdição para banho é uma medida de segurança, conforme o prefeito. Em entrevista coletiva na Ponta Negra, David Almeida também informou o envio de tambores com água potável e cestas básicas para atender 1,5 mil famílias [6.558 pessoas] do Rio Negro atingidas pela estiagem. Balsas e lanchas serão utilizadas para levar a ajuda humanitária às comunidades rurais.

“Na sexta-feira, nós tínhamos uma balsa bem maior. Nestes três dias, o rio já baixou e a balsa que nós tínhamos o calado dela não chegava até onde nós precisávamos chegar”, disse o prefeito.

A primeira balsa com mantimentos saiu da praia da Ponta Negra nesta segunda-feira com destino às comunidades de Nova Canaã, Aruaú, São Francisco, Lago do Apuaú e Isabel do Paraná. Nos primeiros dias da ação, serão atendidas de 19 de 55 comunidades rurais dos Rios Negro e Amazonas.

Um laudo, assinado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pelos levantamentos hidrológicos no Amazonas, recomendou o fechamento temporário da praia. Segundo o documento, o aumento brusco de profundidade coloca em risco a vida de banhistas.

O documento aponta que a obra de aterro realizada em 2018 para aumentar a extensão da praia artificial gerou uma superfície irregular.

Com isso, houve um aumento de profundidade em toda a extensão, contribuindo para a elevação do risco para os usuários da praia durante a vazante. Assim, além do fechamento, o SGB recomenda a realização de um estudo geotécnico para avaliar a estabilidade do aterro.

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Por July Barbosa

Revisão textual: Vanessa Santos

Foto: Divulgação 

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