À imprensa, o ministro da Defesa, José Múcio (PTB), comentou sobre o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF), em que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com os comandantes das Forças Armadas para um plano de um suposto golpe.
Conforme relatou Cid, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, teria apoiado um golpe, enquanto o comando do Exército discordou da situação. Questionado sobre o assunto, José Múcio afirmou que “tinha gente que não desejava sair do poder, largar o poder”.
De acordo com o ministro, os outros comandantes das Forças Armadas percebiam o apoio aberto de Garnier a Bolsonaro. “Eu percebia, os outros comandantes me receberam. Não sei se ele tinha aspirações golpistas, mas a gente sabia, os jornais falavam”, disse.
O ministro da Defesa ainda ressaltou que é preciso parar de suspeitar das Forças Armadas, para que os verdadeiros culpados sejam devidamente punidos. “No dia 1º de janeiro, as Forças Armadas garantiram a posse do presidente e garantiram a plenitude democrática. Precisamos esclarecer essas coisas e deixarmos de suspeitar de todo mundo para que possamos punir os culpados”, destacou.
Múcio também afirmou que ainda não conversou com o presidente Lula (PT) sobre a delação de Mauro Cid. Mas comentou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os ataques democráticos do 8 de Janeiro, tem toda a autoridade para convocar os envolvidos.