Após decisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Josué Cláudio, de suspender a venda de ingressos do festival #SouManaus Passo a Paço 2023, nesta quarta-feira (30), a Prefeitura de Manaus se manifestou e alegou que vai pedir reconsideração da decisão do conselheiro.
A decisão do conselheiro do TCE-AM foi dada em uma representação impetrada pelo vereador Willian Alemão que alegou a falta de transparência. Também foi apontada a falta de informações acessíveis e de transparência sobre o contrato com a empresa e a ausência de um processo licitatório adequado.
Em nota, a Prefeitura de Manaus afirmou que foi surpreendida com a decisão do órgão e alegou que já foram apresentados argumentos, publicamente, sobre a transparência do festival, os quais foram esclarecidos em coletiva de imprensa na última segunda-feira (28).
“A exploração comercial é uma contrapartida para a empresa vencedora do edital de patrocínio, que desembolsou R$ 2 milhões pela cota master. A prática é comum em grandes eventos tais como o Carnaval do Rio de Janeiro e da Bahia, bem como o Festival Folclórico de Parintins”, diz um trecho da nota.
A administração ainda destacou que 150 mil pessoas são esperadas por noite no evento, mas que apenas 2,5 mil poderão comprar os ingressos de front stage com open bar, nos dois principais palcos.
A Prefeitura ainda ressaltou que, ao todo, o #SouManaus custará R$ 22 milhões para patrocinadores e apoiadores do evento, sendo o orçamento do festival em torno de R$ 28 milhões.
“É a primeira vez que a Prefeitura de Manaus não desembolsará nenhum recurso público para o pagamento de cachê de artistas, maior parte da infraestrutura e organização do festival”, afirma.
Por fim, a nota destaca que a Prefeitura de Manaus vai pedir reconsideração do conselheiro para reaver a decisão.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura de Manaus foi surpreendida com a notícia da decisão monocrática do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Josué Neto, que suspende a venda de 2,5 mil ingressos para o evento “#SouManaus Passo a Paço 2023”.
A ação, que atinge a organização do maior evento de artes integradas da região Norte, possui os mesmos argumentos publicamente já esclarecidos pela Prefeitura de Manaus em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (28/8) e também rejeitados em ação com objeto semelhante na Justiça comum.
A Prefeitura de Manaus destaca que das 150 mil pessoas esperadas por noite no evento, apenas 2,5 mil poderão adquirir, caso queiram, ingressos de front stage com open bar, nos dois principais palcos. A exploração comercial é uma contrapartida para a empresa vencedora do edital de patrocínio, que desembolsou R$ 2 milhões pela cota master.
A prática é comum em grandes eventos tais como o Carnaval do Rio de Janeiro e da Bahia, bem como o Festival Folclórico de Parintins.
Este recurso, somado aos dos patrocinadores e apoiadores, custeará R$ 22 milhões dos R$ 28 milhões estimados para a realização do evento.
É a primeira vez que a Prefeitura de Manaus não desembolsará nenhum recurso público para o pagamento de cachê de artistas, maior parte da infraestrutura e organização do festival.
A Prefeitura de Manaus informa que pedirá reconsideração do conselheiro tão logo seja notificada oficialmente.
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