O dia seguinte à expulsão de Alfredo Menezes das fileiras do PL foi de muitas declarações polêmicas nas redes sociais e até na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Acusando o deputado federal Alberto Neto de “cortar sua cabeça”, o ex-superintendente da Suframa recorreu a Alfredo Nascimento, presidente do diretório estadual, para tentar voltar à sigla do ex-presidente e “padrinho” Jair Bolsonaro.
“Ora, não se pode mais criticar ninguém? Esse sujeito, o Alberto Neto não é bolsonarista raiz”, disparou Menezes em entrevista à Rede Onda Digital.
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Horas antes, a deputada estadual Debora Menezes defendeu o pai na tribuna da Aleam. Ela é vice-presidente do diretório municipal presidido por Alberto Neto, a quem o documento de expulsão foi atribuído por infração ao estatuto do partido.
“Nós, como parlamentares, não podemos aceitar o processo conduzido como esse, porque não representa a democracia nem a direita”, atacou.
Menezes espera que Alfredo Nascimento acione o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e que sua expulsão seja anulada pela Executiva Nacional. Nem Alfredo Nascimento e nem Alberto Neto se manifestaram sobre as acusações de Menezes e sobre sua demanda junto ao quadro nacional.
Procurados por nossa reportagem, Menezes, Alberto Neto e Alfredo Nascimento não responderam aos questionamentos, mas o espaço segue sempre aberto a todos.
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Alberto Neto foi chamado de “judas” em junho por Menezes, durante uma live nas redes do coronel, após ser o único parlamentar da bancada do Amazonas a votar contra a Reforma Tributária que preservou os direitos da Zona Franca de Manaus.
“Meu padrinho político é o ex-presidente Bolsonaro, ninguém mais no Amazonas pode dizer isso. Em 2020, Alberto Neto fez um acordo político com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, numa sede de poder, e depois migrou para o PL. Por que ele migrou? Que a população faça seu julgamento”, disse Menezes, que obteve mais de 700 mil votos na eleição para o Senado e leva, além da amizade íntima com Bolsonaro, esse grande número de votos como carta na manga para aglutinar a direita.
Por: Elton Rodrigues
Revisão textual: Vanessa Santos
Ilustração: Giulia Renata Melo
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