26.3 C
Manaus
domingo, junho 1, 2025

De olho na Prefeitura de Belém, grupos políticos se movimentam pela imprevisível disputa

Laboratório de Estudos Geopolítico da Amazônia Legal aponta que não há favorito para a disputa em 2024

Por

Há pouco mais de um ano das eleições, a Prefeitura de Belém é alvo das principais forças políticas do Pará. Além do atual prefeito e do candidato derrotado por ele por pequena margem de votos em 2020, outros políticos aparecem com chances, conforme mostra pesquisa do Laboratório de Estudos Geopolítico da Amazônia Legal.

Junte-se ao tabuleiro a polarização entre esquerda e direita e o crescente interesse de Lula pelo Pará, onde o petista, fortemente alinhado ao Governo do Estado, deve ter grande influência.

Leia mais: Estudo mostra hegemonia nos laços familiares na política do Pará, entre eles a dos Barbalhos

O prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e o Delegado Eguchi (PL) mostram-se tecnicamente empatados no levantamento feito em junho, aparecendo com 17% e 16,9% das intenções de voto, respectivamente. Os dois brigaram voto a voto em 2020, e o cenário parece não ter mudado.

A influência do governador Helder Barbalho e do presidente Lula podem ser a carta na manga da esquerda, embora a atual gestão não esteja bem avaliada pela população. De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, 68,8% desaprovam a atual administração contra apenas 28,6% que aprovam e 2,6% que não sabem ou não opinaram.

A recente agenda de Lula ao lado de Barbalho no Pará e a expectativa pela COP na capital aumentam as movimentações das forças políticas em torno da escolha do nome que será apoiado nas urnas.

Leia mais: Pará: Justiça pede anulação de nomeação de Daniela Barbalho, esposa do governador

“Esse quadro, além da dispersão, revela nomes que podem dificultar a corrida eleitoral do ano que vem para Edmilson Rodrigues (PSOL), como, por exemplo, o deputado federal Celso Sabino (União Brasil), que recentemente assumiu o Ministério do Turismo. Próximo ao chamado “Centrão”, ele é ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP), e também teve proximidade ao governo Bolsonaro, assumindo, inclusive, a liderança da maioria na Câmara neste período, seu nome pode surgir com força no campo da direita”, destaca o Laboratório de Estudos Geopolítico da Amazônia Legal.

Junta-se ao tabuleiro a polarização entre esquerda e direita e a indefinição está posta à mesa.

Com a capacidade que o MDB do governador tem para formar um amplo arco político, dentro do partido que mais elegeu prefeitos no Brasil, espera-se que o psolista consiga superar as dificuldades com a baixa popularidade, ou ceda, dependendo do desempenho, até a homologação das chapas.

Ainda, de acordo com o Laboratório de Estudos Geopolítico da Amazônia Legal, na corrida pela “chave da cidade”, é impossível apontar favorito. “O cenário é ainda mais imprevisível se considerarmos a porcentagem obtida pelos demais postulantes: Ursula Vidal (MDB), 15,4%; Cássio Andrade (PSB), 10,4%; José Priante (MDB), 8,3%; Thiago Araújo (Cidadania), 8,0%; e Celso Sabino (União Brasil), 4,6%.

Por: Elton Rodrigues

Revisão textual: Vanessa Santos

Ilustração: Giulia Renata Melo

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -