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sábado, outubro 5, 2024

Lula e novo presidente do Paraguai conversam sobre usina de Itaipu

Mandatários se reunirão na tarde de hoje em Brasília

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, nesta sexta-feira (28), em Brasília, para discutir sobre a Usina de Itaipu. O encontro está previsto para as 14h30, no Palácio da Alvorada, e é o segundo de Lula com o futuro mandatário paraguaio desde as eleições no país vizinho, em abril.

No que diz respeito ao que será tratado, estão questões acerca da agenda bilateral, como a gestão de Itaipu Binacional, a infraestrutura comum e a cooperação no combate a ilícitos transnacionais e em matéria de defesa.

Além disso, temas relacionados ao Mercosul e à integração sul-americana estão na pauta, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores.

Lula já confirmou presença nas cerimônias de posse presidencial do paraguaio, em Assunção, no próximo dia 15 de agosto.

Na América Latina, o Paraguai abriga a maior comunidade brasileira residente no exterior, superior a 245 mil pessoas. O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai e é a maior origem de investimentos estrangeiros diretos no país vizinho, de cerca de US$ 904 milhões.

Vale destacar que, em 2022, a corrente comercial entre os dois países alcançou valor recorde de US$ 7,15 bilhões, o que, por consequência, totalizou um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior.

 

Itaipu

Em maio, Peña esteve em Brasília e se reuniu com Lula no Palácio do Planalto. Na ocasião, ele destacou que o Paraguai tem o desafio de utilizar a energia produzida em Itaipu como fonte de desenvolvimento e geração de empregos no país.

Após 50 anos, Brasil e Paraguai trabalham para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade do empreendimento. A empresa binacional conta com orçamento anual de cerca de US$ 3,5 bilhões, dos quais quase 70% destinavam-se ao pagamento da dívida do Paraguai com a construção da hidrelétrica no Rio Paraná, financiada pelo Brasil.

Com a quitação da dívida, em fevereiro deste ano, o Anexo C poderá ser revisado, conforme prevê o texto do próprio tratado.

Cada país tem direito a metade da energia produzida pela usina, mas o Paraguai usa apenas cerca de 15% do total. Pelo tratado, o Brasil tem preferência de compra da energia excedente dos paraguaios. Esse é um dos termos que o Paraguai quer rever na negociação, para que o país tenha mais autonomia sobre sua energia excedente, abrindo a possibilidade, por exemplo, de venda para outros países ou ainda de colocar no livre mercado do Brasil.

Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, com 20 unidades geradoras e 14 gigawatts de potência instalada. Em 2022, com 69,8 milhões de megawatts de energia gerada, a usina abasteceu 8,6% do mercado de energia elétrica brasileiro e foi responsável por 86,3% do consumo paraguaio.

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