A Nicarágua anunciou que estabelecerá uma embaixada na Coreia do Norte e o regime comunista de Pyongyang também abrirá uma embaixada em Manágua.
“Estivemos reunidos com o embaixador ou representante do irmão Kim Jong-un, presidente [sic] da Coreia do Norte, que também nos enviou uma bela mensagem, e assumimos o compromisso de abrir embaixadas”, afirmou a esposa do ditador Daniel Ortega, em declarações publicadas pelo jornal nicaraguense Confidencial.
“Vamos em reciprocidade trabalhar juntos, a partir dessas representações [diplomáticas], em políticas sociais, culturais, diplomáticas, fortalecer nossas relações de décadas”, acrescentou Murillo.
Na semana passada, o ditador Kim Jong-un já havia reafirmado a amizade entre as duas ditaduras de esquerda.
Kim Jong-un enviou a Ortega uma mensagem pelo aniversário de 44 anos da Revolução Sandinista.
“Estendo minhas felicitações a você, ao governo e ao povo da Nicarágua, e desejo maior sucesso no seu trabalho para alcançar o progresso e a prosperidade na defesa da soberania do país”, afirmou o ditador norte-coreano.
Nicarágua, Lula e OEA
Em junho a Organização dos Estados Americanos (OEA) fez uma resolução dizendo que a ditadura da Nicarágua precisa chegar ao fim. E
No documento, a OEA pede o retorno de processos democráticos ao país da América Central, que está sob comando do ditador Daniel Ortega. Ele é o presidente nicaraguense desde janeiro de 2007.
A resolução contra a ditadura da Nicarágua se deu de forma consensual entre os países membros do grupo — do qual o Brasil faz parte — durante a assembleia-geral desta sexta-feira. No site da entidade, afirma-se que há 35 integrantes, incluindo a própria Nicarágua.
O material contra Ortega cobra a adoção de séries de medidas. Entre os pontos levantados pela OEA está o respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão.
“Pedimos que pare toda violação dos direitos humanos e respeite os direitos civis e políticos, como as liberdades religiosas e o Estado de Direito”, afirma a OEA, em trecho da resolução, informa o site G1. “E que o governo nicaraguense se abstenha de toda forma de intimidação e assédio contra jornalistas, meios de comunicação, comunidades religiosas e organizações não governamentais, respeitando seu direito à liberdade de expressão e de reunião pacífica.”
A posição oficial por parte da OEA frustra as expectativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em texto na última semana, a equipe do petista classificou como “supostas” as denúncias violações aos direitos humanos no país centro-americano. Além disso, os petistas citaram “profunda preocupação” com o futuro relatório sobre a ditadura nicaraguense.
Leia mais: Bolsonaro chama Lula de jumento e fala em ‘missão’ de voltar à presidência
Edição: Hector Santana, com informações da Gazeta do Povo
Foto: Divulgação