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sexta-feira, julho 5, 2024

Lula e Alckmin entram em sintonia por juros alto no Brasil

Essa posição conjunta foi tomada na mesma semana em que o Copom decidiu não ceder as pressões do Governo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), estão se unindo para criticar os altos juros no Brasil.

Essa posição conjunta foi tomada na mesma semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu não atender às pressões do governo e dos setores produtivos e financeiros para reduzir a taxa básica de juros na quarta-feira (21). O Copom optou por manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva.

“É irracional o que está acontecendo hoje no Brasil. Temos uma taxa de 13,75% com uma inflação de 5%”, criticou Lula após divulgação do comunicado do Copom.

“Você tem noção de quantos presidentes de Banco Central o FHC [ex-presidente Fernando Henrique Cardoso] afastou? Foram três ou quatro. Porque se o presidente indica e o cara não faz um bom trabalho, afasta ele. Agora não. Agora o presidente não pode fazer nada porque o presidente do BC não foi indiciado pelo presidente, mas pelo Congresso Nacional, pelo Senado“, completou o presidente.

Na quinta (22), Alckmin disse que, além de causar danos à atividade econômica, inibindo investimentos e prejudicando o comércio e a indústria, o atual patamar de juros altos tem impacto forte na situação fiscal do país, já que grande parte da dívida está indexada à taxa Selic.

O presidente Lula tem assumido a liderança nas críticas aos juros no atual mandato. Nas gestões anteriores, o papel cabia ao então vice-presidente, José de Alencar, empresário mineiro morto em 2011. Alencar costumava dizer que as elevadas taxas de juros impediam o crescimento das empresas e do PIB.

 

Entidades também criticam

Além do governo, uma série de entidades do setor produtivo criticaram a decisão do Banco Central. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) disse “lamentar” os juros altos. Disse que os “impactos negativos da Selic elevada são particularmente severos para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo”.

Já a Firjan apontou a queda da inflação e o esfriamento da economia brasileira, o que justificaria uma queda da Selic. “Os indicadores de atividade de curto prazo já apontam queda da atividade econômica no início deste segundo trimestre.”.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “os juros estão acima do necessário para combater a inflação e impõem riscos à economia”. “É importante lembrar que a Selic em nível elevado foi um dos principais fatores de desaceleração da atividade econômica no final de 2022 e continua comprometendo significativamente a atividade em 2023”, disse a CNI.

Leia mais: Vai ter muita gente quebrada’, criticou empresária do Magazine Luiza sobre juros no Brasil

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Hector Santana, com informações da CNN

Foto: Rodrigo Francisco/Divulgação

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