A Petrobras informou por meio de um comunicado, nesse domingo, 14/5, que está discutindo internamente as alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina nesta semana. A estatal informou que as mudanças estão sendo analisadas pela Diretoria Executiva e que poderão “resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina”.
Ainda no comunicado, a empresa disse que estão sendo realizados estudos técnicos quanto a estas mudanças do ponto de vista de governança e de políticas internas. “Nesse sentido, a Companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, acrescentou.
Atualmente, o valor do combustível é calculado em dólar e o petróleo segue a cotação internacional. Isso significa que a valorização do barril de petróleo no mercado internacional e/ou da moeda norte-americana acabam gerando reajustes nos preços dentro do Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem falado, desde a campanha eleitoral, em “abrasileirar” os preços dos combustíveis, abandonando os atuais critérios de reajustes.
A expectativa é que, uma nova regra de preços para os combustíveis, resulte em preços menores nas bombas aos consumidores.
Maratona de reajustes
Na sexta-feira, 12/5, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia antecipado que a petroleira deveria decidir nesta semana sobre os reajustes de combustíveis e a nova política de preços praticada pela estatal.
Questionado sobre o novo critério utilizado para definição de preços nas refinarias, Prates afirmou que será o de “estabilidade versus volatilidade”. Segundo ele, o novo formato deverá evitar tanto a estagnação de preços quanto o que chamou de “maratona” de reajustes.
“Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017, o que levou à crise enorme da greve dos caminhoneiros”, afirmou ele, na ocasião.
Prates disse também que, mesmo com a mudança, a Petrobras continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna. “Nós não vamos perder venda. Não vamos deixar de ter o preço mais atrativo para os nossos clientes.”
O presidente mencionou também a produção brasileira dentro da composição de preços, citando a estrutura de escoamento, de transporte, a capacidade de refino e a fonte de petróleo do país. “Tudo isso faz parte de um modelo de preços empresarial que a Petrobras vai conversar melhor na semana que vem”, concluiu.
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Da Redação com informações g1
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