Uma audiência realizada na manhã desta terça-feira, 9/5, que contou com a presença do ministro da Justiça Flávio Dino, que pedia explicações sobre “os planos e a agenda estratégica da pasta para os próximos anos”, mas que desencadeou para os atos de vandalismo cometidos a prédios públicos no dia 8 de janeiro, em Brasília, teve momentos acalorados e muito “bate-boca” entre os parlamentares e a presidência da mesa da Comissão de Segurança Pública. A audiência foi solicitada pelo senador Magno Malta (PL-ES).
No início, Flávio Dino começou a fazer um balanço das ações ministeriais a respeito da segurança no Brasil, desde o início deste ano, quando foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Dino falou das armas apreendidas entre alguns colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, e o crime organizado.
“Em relação aos CACs também ocorreu isso [casamento entre narcotráfico e milícia]. Criminosos viraram CACs e CACs se associaram ao crime organizado. A imensa maioria dos CACs não comete crimes, e temos alguns CACs que estão a serviço de organizações criminosas”, afirmou o ministro da Justiça em audiência pública na Comissão de Segurança Pública do Senado.
Ao chegar aos fatos do dia dos atos golpistas, que culminou na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, houve um bate-boca generalizado. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o fato de Flávio Dino aparecer em um vídeo dizendo que as pessoas estavam subindo a rampa e depois disse que não estava no prédio do Ministério da Justiça e depois disso, Flávio Dino falou que era fake news.