O advogado Thalles Damasceno Magalhães de Souza foi preso na manhã de quarta-feira (3), no Acre. Ele é acusado de supostamente chefiar um esquema, para obter vantagem pecuniária junto aos clientes, os quais trocavam informações sigilosas.
A OAB Acre está informada das provas contra o advogado Thalles Damasceno Magalhães de Souza, preso pela Polícia Federal na manhã dessa quarta-feira, acusado de supostamente vazar informações confidenciais a grupos criminosos investigados por lavagem de dinheiro.
Ele era advogado do Francisco Gleidson de Souza Nunes, o Neném, apontado pela polícia como “zero um” de uma facção na região do Segundo Distrito de Rio Branco. “Neném” foi preso há dois meses, quando a investigação conseguiu chegar ao advogado.
Thalles é autor de um artigo em que critica a decisão do STF sobre a legalização do casamento homoafetivo.
“No que concerne a falta de previsão legal para a convalidação do casamento homoafetivo, o Supremo deveria propor ao poder legislativo a criação de um plebiscito para que o povo, detentor do poder e fiscalizador do Estado, pudesse externar a opinião e vontade da grande maioria. A interpretação errônea e tendenciosa do STF chega a ser imoral aos costumes da sociedade brasileira”, publicou ele sobre o assunto.
A suposta função de Thalles no esquema era repassar informações sigilosas que impediam e embaraçavam as investigações que a Polícia Federal mantinha contra uma organização criminosa acusada de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Em nota, a OAB disse o seguinte a respeito da prisão:
“A OAB/AC destaca que permanece comprometida com a defesa das prerrogativas funcionais da advocacia e a defesa da atividade profissional do advogado, e acompanhará o caso prestando o suporte necessário ao advogado envolvido, zelando, imprescindivelmente, pela garantia da observância, em todos os casos, dos princípios fundamentais do contraditório e da ampla defesa, norteadores de nossa Carta Magna.”
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Da redação
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