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sexta-feira, julho 5, 2024

‘Escreve bem quem lê’, aponta educador sobre a redação das provas de vestibular durante debate no Erica Lima Conversa

Durante a conversa foram dadas várias dicas aos alunos que estão na fase final do Ensino Médio e almejam entrar para uma universidade. Confira a entrevista!

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Educação, o novo Ensino Médio, cursos preparatórios de vestibular, Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 e as tecnologias voltadas à área foram tema do programa Erica Lima Conversa, apresentado nessa quarta-feira, 26/4, no Portal O Convergente, que contou com a mediação da comunicadora e apresentadora Érica Lima e a participação dos educadores, Jezanias Souza e do professor Melo nas discussões.

Durante o bate-papo também foi suscitado o tema da suspensão da cota de 80% destinada a amazonenses na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda durante o programa, o professor Melo, muito conhecido por apresentar aulas de reforço para o Enem na TV, comentou sobre a história das universidades no estado e da necessidade de formar os trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM), também foram abordadas as transições da seleção e aprovação dos candidatos nas universidades por meio do Enem e da amplitude que o exame tem ganhado aos longos destes mais de 20 anos em que a prova é executada.

“O Enem foi criado sem obrigatoriedade, ele tinha apenas um papel de ser uma espécie de instrumento de medição, mas com o avanço das políticas públicas para educação nos anos 2000 foi preciso criar uma prova nacional e aí o Enem foi ganhando essa importância. Hoje, por exemplo, não existe mais, na Universidade Federal não faz mais o vestibular dela, ela faz o Enem. Ela tem o vestibular para as áreas do interior, porque lá o ciclo e o processo de matrícula e calendários são diferentes O Enem é uma ideia de múltiplos conhecimentos”, explicou o professor Melo sobre a importância do Enem.

O professor e gestor escolar, Jezanias Souza também fez um resgate histórico sobre como era a educação anteriormente e das mudanças que ela vem sofrendo ao longo dos tempos para uma melhor aprendizagem e adaptação do aluno aos cursos atuais, pontuando que no passado as áreas eram mais técnicas e tecnológicas, das quais nem sempre era a escolha do aluno que queria entrar em uma universidade na década de 90 e 2000.

“Eu terminei meus estudos, o Ensino Médio em 1998, ainda era a antiga Utam [Universidade de Tecnologia do Amazonas] e eu tinha passado, mais assim, por questões mesmo de não me identificar com alguns cursos da área tecnológica, eu comecei a estudar para UFAM. Eu lembro que naquele tempo quando você passava no vestibular era um acontecimento”, disse Souza.

Durante a conversa, Melo também comentou sobre as dificuldades que os alunos que vão prestar o vestibular em se destacarem na redação, uma das notas de maior peso, principalmente no Enem. Ele disse que muitas vezes o maior problema dos candidatos é a falta de argumentação para sustentar o texto.

“Eu tenho uma visão: escreve bem quem lê. O nosso dia a dia para quem está estudando o que acontece hoje, você está no carro e está ouvindo, mas você não está escrevendo e aquelas palavras vão sendo absorvidas de forma diferente, não é como você ler um livro, que está ali tomando ciência das palavras, pontuações, sentidos, parágrafos. Então aquilo te dá o quê? te dar argumentos. Qual é hoje para mim o grande problema da redação? A falta de argumentação. O aluno, às vezes, é muito prolixo. Ele começa escrever e não consegue fechar a ideia dele, aquela coisa do parágrafo que tem início, meio e fim, ele não consegue mais. Como é que você vai falar de um assunto que você só ouviu falar, viu na internet ou alguém falou, não, você tem que ter algum tipo de erudição nisso”, ressaltou o professor comentando que nem sempre os macetes vão trazer a melhor argumentação na prova de redação.

A mediadora Erica Lima também destacou a preocupação do programa em trazer temas de educação para a pauta, uma vez que se trata de políticas públicas relevantes à sociedade em geral. “Falar de educação também é falar de política, organização, de Estado”, pontuou a comunicadora.

Confira a entrevista na íntegra:

Leia mais: Violência nas escolas é tema de debate no programa ‘Erica Lima Conversa’ e discussão precisa ser ampliada

 

Por Edilânea Souza

Foto: Marcus Reis

Revisão textual: Érica Moraes

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