O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias presta depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na manhã desta sexta-feira, 21/4, sobre a atuação do órgão durante os atos criminosos do 8 de janeiro, após imagens divulgadas na última quarta-feira, 19/4, em que o ex-ministro aparece no Palácio do Planalto em meio aos atos de vandalismo.
O general chegou à PF em um carro pelo estacionamento do prédio, cerca de 20 minutos antes do horário do depoimento, previsto para começar às 9h (horário de Brasília).
O depoimento de Gonçalves Dias acontece por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão divulgada na quinta-feira, 20/4, Moraes determinou que a PF identifique todos os militares que aparecem nos vídeos e informe se eles já foram ouvidos.
“Caso não tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas”, determinou o ministro.
“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, disse Moraes, em referência ao material divulgado.
Na ação, o magistrado também havia solicitado que o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, identificasse em até 24 horas “todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas”.
Nessa quinta-feira, 20/4, Cappelli afirmou em suas redes sociais que havia respondido aos questionamentos realizados por Moraes. “Vamos acelerar a sindicância em curso no GSI”, citou.
Ainda na sexta-feira, 21/4, Cappelli começou a se reunir com os departamentos da pasta, apesar do feriado em Brasília pelo aniversário da cidade.
O objetivo é levantar informações sobre como o GSI funciona e quem são os militares carimbados pelo bolsonarismo, que continuam trabalhando na estrutura, em quem o governo considera que não pode confiar. A decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as possibilidades, há desde o fim do GSI à implementação de um modelo misto de gestão, com a participação de civis e militares.
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Da Redação com informações da CNN
Fotos: Divulgação e Pedro Teixeira / CNN