O fenômeno conhecido como school shooting vem chamando a atenção do mundo, principalmente após a tragédia na Columbine High School, na cidade de Littleton, Colorado, nos Estados Unidos, em 1999. Posteriormente, em abril de 2007, o estudante Cho Seung-Hui protagonizou um massacre de proporções ainda maiores ao atirar contra estudantes do Virginia Polytechnic Institute and State University, matando 32 pessoas e se suicidando ao final.
No Brasil, em um período em que tem acontecido também muitos casos de ataques a alunos em escolas públicas e privadas, surgiu em meio a essas dores, grandes exemplos de coragem, que arriscaram as suas próprias vidas para defender as crianças e impedir que as tragédias fossem ainda maiores, como no caso recente de Blumenau, onde a professora Simone Aparecida Camargo, em um ato heróico salvou a vida de várias crianças.
Casos semelhantes já aconteceram outras vezes no país, como por exemplo o caso de Helley Abreu Batista, que perdeu a vida tentando salvar seus alunos, ao lutar contra o vigilante Damião Soares dos Santos, 50, que ateou fogo na creche ‘Gente Inocente’, em Janaúba, no norte de Minas, impedindo assim, que a tragédia que chocou o Brasil e o mundo fosse ainda maior.
Outro caso é a professora de educação física Cinthia da Silva Barbosa, que é ex-jogadora de basquete, a qual, se aproxima do agressor, um aluno de 13 anos, enquanto ele esfaqueava outra professora numa sala de aula. Ao perceber o ataque, a professora Cinthia agarra o aluno pelo pescoço e o afasta da vítima.
Professor comenta
O Portal quis saber qual o sentimento diante de mais um caso que atinge escola e crianças, em referência a essa, insegurança e violência fazendo parte de um ambiente no qual os pais acreditam deixar seus filhos em segurança.
O professor de história Jezanias Souza, falou: “É um fato muito triste e lamentável que está acontecendo em alguns países pelo mundo e no Brasil. E em menos de duas semanas tivemos dois atentados com vítimas fatais; uma professora morre esfaqueada em sala de aula enquanto exercia sua atividade; e agora esse no dia de hoje, onde 4 crianças são mortas brutalmente; e mais cinco feridas, ou seja, as escolas, que deveriam ser um lugar seguro, de liberdade e de vida; agora tornaram-se alvos de pessoas fronteiriças com sede de morte e caos. Por isso, está mais do que na hora dos governantes desse país reforçarem as políticas públicas para combater a violência no ambiente escolar. A escola deve ser um lugar de aprendizado e promissora de vida com sucesso e não de dor e morte.”
Caso de Blumenau
Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5), em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas. O ataque aconteceu no início da manhã na creche ‘Cantinho Bom Pastor’, que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha. A unidade de ensino é particular.
Na ação, quatro crianças foram mortas, entre elas três meninos e uma menina com idades de 4 a 7 anos. As vítimas são:
• Bernardo Cunha Machado – 5 anos
• Bernardo Pabest da Cunha – 4 anos
• Larissa Maia Toldo – 7 anos
• Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos
Políticos e autoridades repudiaram o ataque, segundo a Polícia Militar, um homem de 25 anos invadiu a instituição com uma machadinha e matou quatro crianças. Em seguida, se entregou à PM.
O que precisa ser feito para que haja uma mobilização para combater essa cultura de ódio, garantindo assim que casos como o de Realengo, de Suzano, da Vila Sônia e agora o da creche de Blumenau não mais se repitam?
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Por Redação Manaós
Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis