O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG), decidiu embargar a candidatura da senadora Damares Alves (Republicanos – DF) à Comissão Temporária Externa que acompanha a crise humanitária Yanomami no Senado Federal. A ex-ministra, chegou a participar informalmente da reunião do colegiado, na última semana, colocando seu nome a disposição para uma das vagas restantes.
A justificativa do presidente seria que a decisão foi técnica, pois o também ex-ministro e senador eleito Marcos Pontes (PL-SP), havia anunciado sua candidatura antes, em vista disso foi optado pela precedência. Vale lembrar que, recentemente, Damares foi alvo de pedido de cassação do PSol por suposta responsabilidade na tragédia humanitária, quando ainda comandava a pasta da Mulher e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Damares Alves é vetada de participar de Comissão da Crise dos Yanomami
Impacto político
A presença da ex-ministra no colegiado, avaliou Pacheco, poderia criar um clima tensional nas atividades, podendo gerar embates com senadores mais alinhados ao governo do presidente Lula.
Os senadores escolhidos para fazer parte da comissão da crise dos Yanomami foram, além de Pontes, as senadoras Leila Barros (PDT-DF) e Zenaide Maia (PSD-RN).
Saiba mais:
Damares Alves (Republicanos – DF), almejava uma vaga na comissão que monitora a crise humanitária dos Yanomami em Roraima. Nesta terça-feira (28), foi aprovado pelo Senado o pedido de Eliziane Gama (Cidadania -AM) e Humberto Costa (PT-PE), aumentando a comissão de cinco para oito senadores.
A senadora é criticada pelas supostas ações de omissão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. E mesmo assim anunciou seu nome declarando, “Posso colaborar muito. A comissão com mais senadores trará um relatório mais imparcial e mais completo”.
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Por July Barbosa com informações Metrópoles
Revisão textual: Érica Moraes
Foto: Divulgação