Na terça-feira (7), a deputada estadual Débora Menezes (PL) apresentou um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) o conteúdo da proposta, trata-se da concessão do título de cidadã amazonense à ex-primeira dama da República, Michelle Bolsonaro. Débora justifica que Michelle percorreu o país, “levando o clamor do movimento ‘Mulheres pelo Brasil’, que reuniu autoridades e cidadãs amazonenses no Amazonas.
O Projeto de Lei Ordinária 182/2023 concede a emenda: ‘Concede o Título de Cidadã do Amazonas a Excelentíssima Senhora Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, Ex-Primeira Dama do Brasil.’
O PL está na Diretoria de Apoio Legislativo – DAL, com o status de proposição autuada e cumprindo prazo de pauta. O fim do prazo para aprovação é até o dia 14 de março. Cumprindo prazo regimental de três sessões em pauta ordinária para recebimento de emendas a partir de 08/03/23.
Nas redes sociais, o post publicado com o Projeto apresentado pela deputada pelo Jornalista Mário Adolfo Filho, gerou diversos comentários, entre eles fortes críticas à legisladora.
“A equação é simples. O coronel, pai da deputada, é amigo do marido de Michele, que também ganhou título de cidadão amazonense. Vale lembrar que a ex-primeira dama foi condecorada várias vezes durante o governo Bolsonaro exatamente por não fazer nada”; “O que essa mulher exatamente fez por aqui para “merecer” um título como esse. Cara é muita falta do que fazer mesmo, ou melhor tem muitas mais coisas importantes pra fazer e não estão dando prioridade”.
O título de cidadã amazonense é concedido para pessoas que reconhecidamente contribuíram para o desenvolvimento do estado. O que supostamente não seria o caso do ex-presidente da república e a ex-primeira-dama.
Apesar da capital amazonenses ser fortemente “bolsonarista”, em tese, como pode ser observado na parcial da última eleição para o Poder Executivo Federal, com grande parte dos votos advindos da região Norte. O governo supostamente não conduziu obras relevantes ao Estado do Amazonas.
Durante seu mandato, defendeu diversos projetos para afetar diretamente a Zona Franca de Manaus (ZFM), modelo de desenvolvimento da economia do Estado. Além da sua postura no que tange a gestão durante a covid-19 e a falta de oxigênio em Manaus, onde o sistema funerário da região entrou em colapso e foi necessário abrir covas coletivas.
Por: Kalinka Vallença
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