Familiares do ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes e do também ex-governador Gilberto Mestrinho, -morto em 2009-, Mônica Mendes e João Tomé Mestrinho, respectivamente, falaram ao Portal O Convergente sobre a trajetória política de Mendes, durante a realização do velório de Mendes na tarde desta quinta-feira, 16/2, no Teatro Amazonas, no Centro de Manaus. O velório ocorrerá até às 6h de sábado, 18/2.
João Tomé, filho de Gilberto Mestrinho, falou que com a morte de Amazonino Mendes, se fecha um clico na política amazonense. Tomé disse que os dois políticos conduziram a administração do Amazonas ao patamar que se encontra hoje.
“É a despedida. Acho que é o complemento de um ciclo administrativo de pessoas que conduziram a administração de nosso estado e trouxeram o estado ao patamar que se encontra hoje. Foi toda uma geração que lutou muito por ideais. Ideais de quem queria ver um estado desenvolvido, um estado pujante, em que seu povo pudesse ser feliz e que o interior se desenvolvesse. Infelizmente eu acho que esse ciclo se encerrou”, destacou Tomé.
Tomé também desejou que os políticos atuais seja desenvolmentistas assim como foram Mestrinho e Amazonino.
“Torcemos para que os novos que estão entrando na política hoje, tenham a mesma visão desenvolvimentista e de respeito a seu povo. Eles fizeram isso, deixaram esse legado. O que temos que ter agora é agradecer, tanto a Amazonino quanto a Gilberto Mestrinho”, finalizou João Tomé.
Já a sobrinha e ex-secretária do Fundo de Promoção Social (FPS) de Mendes, Mônica Mendes, disse que não tinha diferença do homem público para o pai, tio e avô.
“Ele não diverge muito do que era o tio, o pai e o avô do chefe, até porque ele era uma pessoa que te dava a tarefa e sabia que você ia cumprir. Então, o que ele mais pedia da gente era amor no coração em tudo o que você faz e esse é o maior legado que ele nos deixou: tudo o que você fizer faça com amor e acredite. Ele nos deixou essa grande lição, que é lutar e acreditar. Ele sempre foi assim, ele nunca desistiu, quando ele queria algo ele persistia e a história está aí para mostrar”, disse Mônica emocionada e falando das obras feitas no estado por seu tio Amazonino e pelo carinho da população amazonense pelo reconhecimento da pessoa de Mendes.
Mônica Mendes também agradeceu a estrutura disponibilizada pelo governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil) em ceder o Teatro Amazonas, além do prefeito de Manaus.
“Nada melhor que o governador oferecer o Teatro Amazonas. A gente quer aqui externar toda a nossa gratidão a toda a equipe do Governo do Estado, na pessoa de Wilson Lima e do prefeito David Almeida, que renderam essas homenagens também, a população e ao Amazonino”, disse ela.
Mônica também disse que acompanhou seu tio nos seus momentos finais de vida, em São Paulo.
“A gente sabe assim, que ele ainda lutou muito, mas chega um momento da vida que Deus é quem sabe. Ele cumpriu a missão dele, a gente é consciente disso”, finalizou Mônica Mendes.
Breve histórico – Amazonino Mendes era natural do município de Eirunepé, tinha 83 anos de idade e morreu no último domingo, 12/2, por complicações de saúde. Em sua longa carreira política foi Senador da República, prefeito de Manaus por três mandatos e quatro vezes governador do Estado.
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Por Edilânea Souza
Imagens: Marcus Reis
Fotos: Marcus Reis e Jully Barbosa / Divulgação