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quarta-feira, julho 3, 2024

Vazante dos rios no Amazonas já é superior a do ano passado e causa vários transtornos no Estado

A situação de um modo geral, tanto em função da vazante do rio Negro como do rio Amazonas, já afeta vários municípios do Estado. Tefé, Benjamin Constant e Uarini, já decretaram situação de emergência, conforme informou o secretario-adjunto da Defesa Civil do Amazonas, coronel Clóvis Júnior

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Apesar de considerado um “fenômeno natural”, a seca dos rios no Amazonas este ano já tem deixado comunidades isoladas, afetado a escoação de produções rurais em alguns municípios do Estado e pode, segundo especialistas, ser uma das mais críticas da história do Amazonas. O nível do rio Negro, por exemplo, nesta quarta-feira, 19/10, atingiu a cota de 17,02 metros, nível bem menor do que foi registrado no ano passado.

A situação de um modo geral, tanto em função da vazante do rio Negro como do rio Amazonas, já afeta vários municípios do Estado. O que fez o governador Wilson Lima (União Brasil), anunciar nesta quarta-feira, o plano de ação da Operação Estiagem 2022, que inicialmente contará com investimento de cerca de R$ 50 milhões para suporte às famílias afetadas no Amazonas.

Algumas dessas famílias ficam nos municípios de Tefé, Benjamin Constant e Uarini, que já decretaram situação de emergência, conforme informou o secretario-adjunto da Defesa Civil do Amazonas, coronel Clóvis Júnior.

“Nós temos três municípios em situação de emergência, alguns em situação de alerta e isso necessita de uma atenção por parte de todos. Lembrando que esses desastres, que nós passamos todos os anos, seja na vazante ou na inundação, nós temos um evento gradativo. E quando se torna um desastre gradativo eu tenho que vencer alguns requisitos legais, para que nos possamos fazer as intervenções necessárias”, disse o coronel ao salientar que a atuação nesse caso é conjunta entre prefeituras, governo estadual e federal, quando necessário. E que os munícipios são avisados sobre os alertas antes do ocorrido.

Clóvis Júnior também detalhou os anos de maiores picos de vazantes no Estado e explicou como funciona o procedimento de avaliação e medição.

“Em 2010 foi com certeza a maior vazante que tivemos no Estado. E como a vazante não tem um constante, como nós temos todos os anos com enchente, nós tiramos por base as ações de assistência com esses dados de maiores vazantes. Nós temos o rio Negro, onde nós temos a mínima histórica de 13,63 metros. Com relação ao baixo Solimões, nós tivemos aqui a mínima de 3,93. Hoje nós estamos com 7,18 metros, faltando 3 metros e 26 para alcançarmos a mínima no baixo Solimões”, disse o coronel ao explicar alguns fatores que impactam na subida e descida das águas em diferentes pontos do Amazonas.

Confira algumas imagens:

Mudanças na paisagem e navegação – De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o motivo da estiagem severa em alguns munícipios do Amazonas é decorrente da falta de chuvas na bacia dos rios da Amazônia.

A situação fez inclusive o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emiti, ainda em agosto, um alerta aos seus associados sobre as condições de navegabilidade nos rios do Estado com o início da temporada de vazante. O que pode causar acidentes devidos os bancos de areia que se formam no meio do Rio.

A seca, que também atinge áreas de Manaus, como o lago do Aleixo, localizado no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste da cidade, que está completamente seco e a redução do nível do rio no lago do Tarumã Açu, gera impactos econômicos também.

No lago do Aleixo, um dos estabelecimentos, informou por meio da rede social, que esta impossibilitado de funcionar devido a seca do lago. “ O lago do Aleixo tem regime sazonal. O período de seca ocorre entre os meses de outubro e dezembro. Nesse período estamos com nossas atividades suspensas”, informou,

Já no tarumã, os proprietários do flutuante, informou que “diante dos inconvenientes da seca” só abrirá mediante reserva para evitar prejuízo.

Seca histórica – Até então a maior seca já registrada no Amazonas ocorreu em 2010, quando o nível do rio Negro atingiu 13,63 metros. Nível esse não atingido nos últimos 11 anos, até então.

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Por Izabel Guedes com informações da assessoria de imprensa

Fotos: Divulgação Defesa Civil do AM / Ilustração: Marcus Reis

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