O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) esteve no Ministério da Defesa, em Brasília, para receber das Forças Armadas um balanço de ações sobre as Operações de Garantia da Votação e Apuração (GVA) realizadas no 1º turno das eleições deste ano. O encontro entre ele e autoridades militares aconteceu nessa segunda-feira, 10/10. O encontro foi convocado oficialmente para tratar das operações de GVA, não para entregar relatório de auditoria produzido pelos profissionais militares.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou em agosto de 2021 as Forças Armadas para compor a comissão externa de acompanhamento do trâmite das eleições de 2022.
Técnicos militares analisaram todo o conteúdo dos boletins de urnas para os cargos majoritários e para os postos de deputados federais, estaduais e distritais. Fruto de uma das sugestões feitas pelos militares antes do pleito, verificaram e checaram informações impressas nos boletins de 400 urnas com o conteúdo disponibilizado pelo TSE. O resultado final desse trabalho, porém, não veio a público.
Internamente, integrantes do alto escalão das Forças Armadas dizem que seguem estritamente o previsto nas resoluções do TSE e que, como entidades fiscalizadoras, não são obrigadas a emitir relatórios, embora não estejam impedidas de fazer isso. Não está descartado, porém, o envio de eventuais observações e sugestões sobre a fiscalização à Corte Eleitoral.
Além do pedido relacionado à checagem dos boletins, outra medida atendida por sugestão das Forças Armadas foi o teste de integridade com uso da biometria de eleitores. Ao todo, foram 56 urnas destacadas em 8 Estados e no Distrito Federal para o procedimento, batizado pela Corte de “projeto piloto”.
O uso da biometria de eleitores no teste de integridade foi aprovado pela Corte, por unanimidade, em 13 de setembro.
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Da Redação com informações do Poder360
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