Após uma representação, feita no Ministério Público do Amazonas (MPAM), apontar provável favorecimento em licitações para a empresa da suposta nora da vice-prefeita de Urucará, Ana Tereza (MDB), o órgão ministerial instaurou um inquérito civil para apurar o caso. Se for confirmado, a Prefeitura do município, que tem no comando o prefeito Enrico de Souza Falabella (MDB), pode responder por improbidade administrativa.
Conforme a decisão, publicada no diário oficial do órgão ministerial o MPAM, “resolve instaurar um Inquérito Civil para apurar suposta prática de ato de improbidade administrativa em razão da contratação da empresa Juliane Pereira da Silva ME, cuja proprietária, supostamente, tem vínculo de parentesco/amizade com os representantes do poder executivo municipal”, diz um trecho do documento.
Ainda conforme a decisão, a representação encaminhada ao órgão, que pediu a investigação, apontou que o suposto favorecimento e direcionamento teria acontecido em licitações “ocorridas entre 2018 e 2022, tendo como favorecida a empresa Juliane Pereira da Silva ME, cuja proprietária seria nora da vice-prefeita”.
Para iniciar a investigação o órgão considerou, ainda, que “no site do Divulgacand do TSE, identificou-se que a empresa Juliane Pereira da Silva – CNPJ 17.777.831/0001-77, efetuou doação de campanha ao candidato Enrico Falabella, atual prefeito, e, mesmo que se trate de valor ínfimo, tal doação dá indícios de existência de vínculo entre as partes”, diz a decisão assinada pela promotora de justiça Ynna Breves Maia Veloso, assinada no dia 14 de setembro.
O MPAM solicitou ainda que a Prefeitura de Urucará envie cópia original de todos os procedimentos licitatórios de 1º de abril de 2021 até a presente data que teve como participante a empresa Juliane Pereira da Silva ME. Além de solicitar da Junta Comercial do Estado do Amazonas (Jucea) outras informações referentes a empresa.
Confira a publicação:
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Da Redação
Fotos: Divulgação/ Ilustração: Neto Ribeiro