Após troca de farpas, acusações e embates pessoais os candidatos ao Senado, que estiveram presentes no debate de senadores, promovido pela TV Norte Amazonas, na manhã desta quinta-feira, 1º/9, debateram temas voltados ao desenvolvimento das estradas do Amazonas, como a BR-319. Além de falar sobre segurança pública, desenvolvimento sustentável, economia e saúde.
Um dos candidatos ao senado que falou sobre a questão voltada para infraestrutura foi o vereador Elissandro Bessa (Solidariedade). O candidato aproveitou o questionamento para criticar a atuação do Governo Federal em relação a BR-319 e a BR-174.
“No dia 1º de julho agora o Governo Federal, por meio de uma portaria do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], tirou toda a autonomia da pavimentação e organização da BR-319 e deu para Rondônia. Nós precisamos ter autonomia para a pavimentação da BR-319 para gerar emprego e renda”, disse Bessa.
A falta de assistência do Governo Federal a BR-174, também foi criticada pelo Candidato.
“O Governo Federal abandou a BR-174. A BR-174 depois de Presidente Figueiredo até a fronteira de Boa Vista esta intransitável. Isso é um abandono de quatro anos. Na nossa visão, estão equivocadas as tratativas do Governo Federal com as nossas estradas. As nossas estradas não têm investimento necessário, que o Governo Federal pode investir”, opinou.
A fala do candidato foi refutada pelo adversário Coronel Menezes (PL), que aproveitou para se defender das críticas em torno de sua amizade com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Interessante que você pontua esse abandono do Governo Federal. Deve ser um tesão que você tem pelo presidente da República”, alfinetou. “Me sinto honrando de ser amigo do presidente da República e ter o privilégio da amizade dele. Agora, eu quero dizer para o povo do Amazonas, que o que preciso é de legitimidade e representatividade para resolver os problemas de infraestrutura e econômicos que nos temos no Amazonas”, disse ele ao se defender das críticas sobre nunca ter feito nada benéfico para o Estado, mesmo sendo amigo do presidente.
Estradas e desenvolvimento sustentável – O Candidato ao Senado pelo PDT, Luiz Castro, reforçou a importância da melhorias necessárias nas estradas, que, segundo ele, são fundamentais para o crescimento do desenvolvimento sustentável.
“O Amazonas é o Estado que tem a segunda maior desigualdade social do Brasil, apesar de ter o primeiro lugar do PIB no norte e nordeste. Isso ocorre pelo abandono do interior. Pela falta de recursos permanentemente garantidos para manter as nossas vicinais, nossas estradadas estaduais e federais”, disse o candidato ao destacar ainda as necessidades fundamentais para o desenvolvimento da bioeconomia.
Alfinetadas – Os minutos finais do debate foram marcados por defesas e apresentações de propostas, além de críticas relacionadas a alguns confrontos que ocorrerem no decorrer do embate.
“Eu quero dizer que sou a única mulher candidata e nós temos três senadores homens representando atualmente o nosso Estado. Nada mais justo que a gente tenha uma representante mulher. Comigo são outros 500, não tem esse debate, esse bate-boca, essa baixaria. A gente quer construir política e a vida da nossa população como a gente quer”, disse Marília Freire, candidata pelo PSol.
O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) também aproveitou o momento de fala para se defender.
“O candidato Aziz não compareceu, mas teve quem o representasse aqui. Não é candidato, o candidato da coligação é o coronel Menezes, mas estava aqui com a ideia fixa de mentir ao meu respeito, me acusar”, disse Arthur ao se referir ao candidato ao senado pelo Avante, Chico Preto, e fazer nova crítica ao senador Omar Aziz (PSD), único candidato o não comparecer ao debate.
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Por Izabel Guedes
Foto: Reprodução TV Norte Amazonas / Ilustração: Marcus Reis
