Em clima de “paz e amor”, os candidatos ao Senado Federal, Luiz Castro (PDT) e o vereador Elissandro Bessa (Solidariedade), se “confrontaram” durante o debate realizado na manhã desta segunda-feira, 29/8, transmitido pela rádio BandNews Difusora. Luiz Castro falou primeiro e indagou o vereador e também candidato a senador, sobre suas propostas para o desenvolvimento do interior do Amazonas, como o desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Em resposta a Castro, Bessa pontuou que as cidades do interior do Amazonas ficaram no século 20, estão atrasadas e sem perspectivas para os jovens, para os “caboclões” e que muitas ainda sofrem com a falta de internet e saúde. Porém, Elissandro Bessa não mostrou suas propostas ligadas aos temas questionados por Castro.
“O interior do nosso Estado está no século passado, candidato. O interior está abandonado. No interior falta saúde, se um caboclo do interior, por um acaso, fraturar uma perna, ele tem que vir para a cidade e quando chega na cidade não tem material. O jovem do nosso Estado não tem perspectiva de emprego, o jovem não tem perspectiva de um futuro. E é isso que nós vamos lutar no Senado Federal: trazer incentivos para o interior, mas que esse dinheiro faça a diferença na vida desse interiorano. O interior do Estado precisa disso, precisa ser preparado, o nosso caboclo do interior preparado para a agricultura com tecnologia, mas não tem. Entra ano e sai ano e o interior continua do mesmo jeito. Nós não vamos aceitar isso no Senado Federal”, ressaltou Bessa.
Castro ponderou os problemas apontados por Bessa e disse que é necessário mostrar de fato propostas que estão relacionadas ao verdadeiro papel do senador, defendendo sobretudo a interlocução com os fundos disponíveis e com as embaixadas instaladas no Brasil, que têm interesse na Amazônia, além de investir em bioeconomia e ter uma legislação ambiental mais rigorosa e ao mesmo tempo mais eficiente de modo que não prejudique os investimentos no interior do Amazonas, por empresários e produtores.
“Candidato, o senhor fez o diagnóstico de alguns principais problemas, mas não de todos do interior do Estado. Nós temos que conectar o mandato de senador a atratividade de novos investimentos, na bioeconomia, nós precisamos fazer com que a lei de serviços ambientais federal traga de fato recursos para um Fundo Desenvolvimento Socioambiental com sustentabilidade ao interior, nós precisamos ser interlocutores de todos os fundos e de todas as embaixadas presentes no Brasil que se interessam pela Amazônia, nós precisamos adequar a legislação ambiental para que ela ao mesmo tempo que seja rigorosa, mas seja mais rápida, eficiente e não prejudique o investimento dos empresários e produtores, e nós precisamos instrumentalizar o crédito de uma maneira diferenciada para novas tecnologias”, pontuou Castro sobre a resposta de Bessa.
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Da Redação
Foto: Reprodução