O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje que a questão “mais importante” na Amazônia atualmente é o agronegócio. A fala foi dita pelo presidente durante entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26/8.
O comentário foi feito pelo chefe do Executivo ao ser questionado sobre as críticas que tem recebido durante sua gestão de que o Brasil não tem condições de cuidar da floresta amazônica.
“Não vou falar nome de um país ou outro. O mais importante hoje é o agronegócio, segurança alimentar para o mundo”, disse o presidente.
Em outro momento da entrevista o presidente disse que a aprovação do marco temporal de terras indígenas seria “o fim do agronegócio” e criticou o número de pedidos de demarcações de terras indígenas na Justiça.
“São centenas de pedidos que estão lá na Justiça”, afirmou o chefe do Executivo. “É uma festa isso daí. Se você pega hoje em dia o mapa do Brasil e pinta essas áreas, parece um corpo com catapora. Nosso Brasil não aguenta mais terras indígenas. O homem do campo não vai admitir isso aí”, acrescentou.
Entrevista – Na entrevista o candidato à presidência da República falou sobre temas como o papel das Forças Armadas no processo eleitoral, auxílio sociais e decretos de armas de fogo.
Durante as três horas de entrevista, o chefe do Executivo também rebateu críticas a sua gestão, avaliou falas recentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e confirmou que vai participar dos debate presidenciais, previsto para começar no próximo domingo, 28.
“Vou ser fuzilado, vão atirar em mim o tempo todo, porque eu sou um alvo compensador para eles. Mas acredito que a minha estratégia vai dar certo. As perguntas eu já me preparei como fazer e as respostas vão ser simples. Não devo nada”, reforçou.
Em suas principais falas, o presidente criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir o uso de celular no momento da votação nas eleições de outubro deste ano. Segundo decisão unanime desta quinta-feira, 25, eleitor deverá entregar o seu próprio celular a uma mesa receptora antes de se dirigir à cabine de votação.
“O que eu mais recebi em 2018 foram pequenos vídeos de pessoas pelo Brasil todo que iam votar e ia apertar o 17 e não saia. Dava encerrado, aparecia o Haddad ali e encerrava a votação. Eles querem encerrar isso daí”, afirmou Bolsonaro, voltando a falar sobre supostas irregularidades no funcionamento das urnas eletrônicas e chances de fraudes no pleito.
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Da Redação com informações do UOL e Jovem Pan
Foto: Reprodução