A Ucrânia iniciou nesta terça-feira, 2/8, a evacuação de mais de 200 mil pessoas residentes na província de Donetsk, que atualmente é o principal alvo da invasão promovida pela Rússia.
“Começou a evacuação obrigatória da região de Donetsk”, disse a vice-premiê ucraniana, Iryna Vereshchuk, acrescentando que um primeiro trem já chegou em Kropyvnytsky, centro administrativo da província de Kirovohrad, no centro do país.
“Evacuamos mulheres, crianças e idosos, havia muitas pessoas com mobilidade reduzida. Todos foram acolhidos e ajudados”, explicou a vice-premiê, que também exerce o cargo de ministra para Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados.
De acordo com a agência Ukrinform, entre 200 mil e 220 mil moradores de Donetsk devem ser evacuados nos próximos dias. A retirada é “obrigatória”, mas, segundo Kiev, não será forçada.
Quem escolher permanecer terá de assinar um documento assumindo a responsabilidade pela decisão.
Assim como a vizinha Lugansk, Donetsk é palco de conflitos separatistas desde 2014 e compõe a região do Donbass, área do leste da Ucrânia que tem maioria étnica russa e cuja conquista é o principal objetivo declarado por Moscou.
As tropas russas e as milícias separatistas já tomaram quase 100% da província de Lugansk e agora tentam avançar em Donetsk.
Mortes – Três pessoas morreram após bombardeios russos atingirem um microônibus, perto de Kherson, que levava civis em fuga. As informações são do “The Guardian”, com base em relatos de militares da Ucrânia.
O Comando Operacional Sul ucraniano informou que o microônibus levava sete moradores da aldeia de Starosillia, nos arredores da cidade de Kherson, ocupada pelos russos.
Os feridos foram hospitalizados, de acordo com relatos da mídia local.
Mais armas – Os Estados Unidos anunciaram, nessa segunda-feira,1º/8, que enviarão uma nova remessa de armas para as forças da Ucrânia, incluindo munição para lançadores de foguetes e armas de artilharia.
O novo pacote de US$ 550 milhões “incluirá mais munição para os sistemas de foguetes avançados de alta mobilidade, também conhecidos como HIMARS, bem como munição” para artilharia, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
A assistência inclui 75 mil cartuchos de munição de artilharia de 155mm, segundo um comunicado do Pentágono, divulgado pelo “The Guardian”.
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Da Redação com informações do UOL e O Globo
Foto: Defence of Ukraine/Redes socias