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quarta-feira, julho 3, 2024

Intolerância política: Em Foz do Iguaçu, guarda municipal que era tesoureiro do PT é morto a tiros na própria festa de aniversário

Boletim de ocorrências cita que autor dos disparos era policial penal federal e chegou no local gritando "Aqui é Bolsonaro!". Secretário de Segurança Pública fala em 'intolerância política'

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Na madrugada deste domingo, 10/7, o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

O homem chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele deixa esposa e quatro filhos.

A Polícia Civil informou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial Penal Federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, que também morreu. Boletim de ocorrências cita que o policial chegou ao local gritando “aqui é Bolsonaro!”.

De acordo com a corporação, tratou-se uma discussão em uma festa de aniversário. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios.
O secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime.

A Prefeitura de Foz do Iguaçu disse, em nota, que Marcelo Arruda era da primeira turma da Guarda Municipal e estava na corporação há 28 anos. O guarda também era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).

“Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais. Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor”, afirmou o prefeito Chico Brasileiro.

Festa temática – A festa de aniversário comemorava os 50 anos de Marcelo Arruda e tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A.

O boletim de ocorrências informa que Guaranho chegou no local de carro e que no veículo estavam também uma mulher e um bebê.

Segundo o documento, ele desceu do carro, armado, gritando: “Aqui é Bolsonaro!”. De acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem foi convidado.

O documento cita que o policial deixou o local, mas voltou cerca de vinte minutos depois, sozinho e armado.

O boletim de ocorrência cita que Guaranho atirou duas vezes contra o guarda municipal, que revidou e baleou o policial penal.

Em nota, o PT no Paraná lamentou a morte do tesoureiro e disse que presta assistência à família da vítima e que acompanhará todas as investigações.
“Um ataque contra a vida, um ataque contra a liberdade de expressão, um ataque contra a democracia”, disse o PT-PR.

O Partido dos Trabalhadores também se manifestou e, em nota, reconheceu neste domingo a atuação de Marcelo Arruda. Em 2020, o guarda municipal foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pela sigla.

“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, disse o partido.

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Da Redação com informações do G1
Foto: Divulgação

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