26.3 C
Manaus
sexta-feira, novembro 22, 2024

Polícia Federal troca de cargo o delegado que investiga ex-ministro da educação Milton Ribeiro

Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, Bruno Calandrini, seguirá presidindo a investigação,  mas deixa o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores para ser nomeado na Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos. Ainda de acordo com a direção da PF, a mudança de cargo atende a um pedido do próprio delegado, que teria sido feito por ele em maio deste ano e estaria sendo atendido agora

Por

O delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini foi exonerado do setor responsável por investigar políticos com foro privilegiado. Calandrini comanda o inquérito que investiga um suposto balcão de negócios em troca de propinas no Ministério da Educação (MEC) e que resultou na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro na semana passada. Segundo nota divulgada pela Polícia Federal,  nesta terça-feira, 28/6, o delegado vai a continuar à frente das investigações sobre suspeitas fraudes no MEC.

Ele seguirá presidindo a investigação,  mas deixa o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores para ser nomeado na Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos. Ainda de acordo com a direção da PF, a mudança de cargo atende a um pedido do próprio delegado, que teria sido feito por ele em maio deste ano e estaria sendo atendido agora.

“Após tratativas iniciadas ainda no mês de maio do corrente ano, no dia 15/6/2022 houve a movimentação formal do DPF Calandrini para a DRCC/CGFAZ/DICOR/PF, onde irá coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos – UEICC, presidindo trabalhos investigativos sensíveis daquela unidade”, diz nota divulgada pela PF nesta terça-feira (28/6), sobre a troca.

“O próprio servidor manifestou interesse (ainda no mês de maio) em ser movimentado para a nova unidade, para onde irá apenas no mês de julho, permanecendo na presidência da Op. Acesso Pago (IPL do MEC) e outros inquéritos da CINQ/CGRCR/DICOR/PF”, diz ainda o texto.

Interferência   – Após a deflagração da operação que prendeu o ex-ministro da Educação, o delegado Bruno Calandrini enviou mensagem aos colegas de trabalho denunciando interferência da direção em seu trabalho e dando a entender que Milton Ribeiro ganhou tratamento privilegiado.

“O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP é demonstração de interferência na condução da investigação. Por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial deste caso com independência e segurança institucional”, diz trecho da mensagem do delegado.

A própria PF abriu inquérito para investigar a denúncia de interferência, que foi um dos fatos que motivaram a ida de parte do inquérito para o âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o presidente Jair Bolsonaro (PL), que só pode ser investigado lá, é apontado pelo Ministério Público Federal ( MPF) como suspeito de ter informado Milton Ribeiro de que ele poderia ser alvo de uma batida policial.

— —

Da Redação com informações do Metrópoles

Foto: Luis Fortes/MEC

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -