O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira, 13/5, que os testes do sistema de votação e das urnas eletrônicas, conduzidos pela Corte e pela Polícia Federal (PF) ao longo da semana, foram bem-sucedidos e não identificaram quaisquer problemas que possam interferir nas eleições deste ano.
“Nenhum dos 29 planos de teste, tanto em novembro quanto agora, nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização de votos registrados (…) Todas as camadas de segurança envolvidas na destinação e no sigilo do voto foram testadas”, afirmou Sandro Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE.
Vieira afirmou que, nessa etapa, foram implantadas melhorias pela Corte em relação aos testes de novembro e que mais testes serão feitos até setembro – o sistema só é “fechado”, ou seja, se torna definitivo, após a cerimônia de lacração dos sistemas, que ocorre entre um mês e vinte dias antes das eleições.
Essa foi à segunda fase do Teste Público de Segurança (TPS) do sistema eletrônico das eleições deste ano. Os resultados foram divulgados após testes que incluíram a simulação de ataques hackers ao sistema, que, por sua vez, inviabilizou as invasões. O teste é um procedimento de praxe realizado desde 2009.
Pontos vulneráveis – No teste de segurança, o TSE, órgão responsável pelas eleições, convidou investigadores de diversas instituições para executar 29 planos de ataque aos equipamentos da urna eletrônica.
As tentativas de burlar o sistema de segurança ocorreram por meio da disponibilização do código-fonte, procedimento no qual o tribunal entrega aos participantes a chave da programação das máquinas que compõem a urna, como os componentes que fazem o recebimento e a transmissão e apuração dos votos.
Em novembro do ano passado, dos 29 ataques, cinco obtiveram êxito, mas nenhum deles conseguiu atacar o software responsável pelo funcionamento da urna e o aplicativo referente ao armazenamento do nome dos eleitores e dos candidatos.
Na ocasião, peritos da Policia Federal (PF) entraram na rede de dados do TSE, mas não conseguiram alterar dados do sistema.
Outras equipes de investigadores consideraram que seria possível introduzir um painel falso na frente da urna, com objetivo de quebrar o sigilo do voto. Além disso, o sigilo do voto de pessoas com deficiência visual também poderia ser quebrado no caso de acoplamento de um dispositivo bluetooth na saída para fones de ouvido.
Investigadores também conseguiram pular uma barreira de segurança na transmissão de dados, mas foram barrados por outra porta de segurança da rede do tribunal.
Após a primeira fase, o TSE reuniu seus técnicos para buscar soluções para os problemas encontrados pelos investigadores e apresentá-los nesta semana, na segunda fase do TPS.
De acordo com Sandro Nunes Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE, os investigadores repetiram os ataques feitos, mas não tiveram sucesso, porque todas as cinco vulnerabilidades foram corrigidas. Segundo Vieira, o sigilo do voto e de todo o sistema não foi violado nas duas fases dos testes.
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Da Redação com informações da Veja e Agência Brasil
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