As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 3,471 bilhões em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, as contas públicas apontaram déficit de R$ 11,770 bilhões. Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 2/4.
O resultado do setor público consolidado inclui as contas do governo federal, dos governos regionais e das estatais federais.
O superávit primário não inclui as despesas com juros de dívidas, e mostra que o valor arrecadado foi insuficiente para cobrir as despesas públicas.
Enquanto o Governo Central — composto por governo federal, BC e Previdência — ficou negativo em R$ 19,181 bilhões em fevereiro, os governos estaduais e municipais foram superavitários em R$ 20,172 bilhões. As empresas estatais também ficaram positivas, em R$ 2,480 bilhões.
Quando incluídos os gastos com juros, o resultado nominal muda para déficit de R$ 22,545 bilhões em fevereiro. Sozinha, a conta de juros já soma R$ 26,016 bilhões no segundo mês do ano.
No primeiro bimestre, as contas do setor público acumulam superávit de R$ 105,304 bilhões. O número equivale a 7,04% do Produto Interno Bruto (PIB). Incluídos os R$ 43,788 bilhões com juros, o resultado nominal cai para R$ 61,516 bilhões.
Dívida Bruta abaixo dos 80% – Depois de bater recorde (90%) em fevereiro de 2021, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) segue recuando. Em fevereiro de 2022, um ano depois, a DBGG voltou para o patamar de 79,2% do PIB. Em valores nominais, o montante é de R$ 7,001 trilhões.
O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que definem a atratividade de investimentos nos países. Em 2021, a DBGG encerrou em R$ 6,966 trilhões, equivalente a 80,3% do PIB.
—-
Da Redação com informações da CNN Brasil
Foto: Reprodução
