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quinta-feira, novembro 21, 2024

Terceira via articula chapa com Tebet e Bivar, mas não abre mão de Leite

Grupo à frente da articulação afirmou que a apresentação da dupla tem como um dos principais objetivos forçar o PSDB a resolver seu impasse interno

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Os partidos que compõem a chamada “terceira via” — Cidadania, MDB, PSDB e União Brasil — já trazem uma possibilidade de chapa que deve unir as quatro siglas na disputa pela Presidência da República deste ano: Simone Tebet (MDB-MS) como candidata a presidente e Luciano Bivar (União Brasil-PE) como vice.

O primeiro movimento nesta direção deverá acontecer na próxima semana, com a apresentação de Bivar como o candidato do União Brasil ao Palácio do Planalto. A partir daí, a estratégia será a de consolidação para a formação da chapa com Tebet. Nos bastidores, no entanto, a chapa já nascerá com os dias contados.

O grupo à frente dessa articulação entende que a apresentação da dupla Tebet-Bivar tem como um dos principais objetivos forçar o PSDB a resolver seu impasse interno. Políticos que acompanham as tratativas disseram que o cenário ideal é que hoje o pré-candidato tucano ao Planalto, João Doria (SP), abra mão em nome de Eduardo Leite (RS), que assumiria o posto de vice no lugar de Bivar.

Segundo o calendário eleitoral, as convenções partidárias para a definição das candidaturas e coligações acontecerão entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Depois disso, as legendas, federações e coligações têm até 15 de agosto para solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro de candidatura dos escolhidos.

Como o tempo não conta a favor da chamada terceira via, a ideia é que, a partir de 18 de maio, Tebet possa assumir, de fato, a posição de candidata única do grupo. E, enquanto ela se consolida para a disputa ao Planalto, o trabalho para aparar as rusgas internas siga.

Para uma ala desses quatro partidos, a oficialização de Bivar como o nome do União Brasil para a disputa presidencial enterra de vez a possibilidade de o ex-juiz Sergio Moro estar na corrida à Presidência. A equação, no entanto, não é tão simples. No União há quem defenda que o capital político apresentado por Moro nas pesquisas eleitorais não pode e não deve ser desprezado.

Além disso, esses integrantes da sigla ainda defendem que, por concentrar a maior fatia do fundo eleitoral e o maior tempo de TV, o União Brasil, tem que estar representada na disputa presidencial. Ou seja, tratam como remota a chance de o partido não ocupar uma das posições da chapa.

É por isso que, apesar de a articulação para a chapa Tebet-Bivar estar em curso, parte dos caciques dos quatro partidos não vê uma definição sem traumas — seja pelo União Brasil ou pela disputa interna do PSDB.

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Da Redação com informações da CNN Brasil
Fotos/Montagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados e Pedro França/Agência Senado

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