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segunda-feira, julho 8, 2024

Integrantes da ‘Bancada das Manas’ falam sobre governança e o papel da mulher na política, no quadro ‘Debate, Política e Poder’ do O Convergente

Na entrevista, transmitida ao vivo nas redes sociais, as convidadas falaram sobre o pleito deste ano, além da importância de ter mais mulheres envolvidas no cenário político local

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Finalizando a programação especial na Semana da Mulher do Portal O Convergente, o quadro “Debate, Política e Poder” desta sexta-feira, 11/3, trouxe convidadas mais do que empoderadas para falar sobre governança e o papel da mulher na política. Atualmente, a Bancada Coletiva das Manas é composta por cinco mulheres, sendo a maioria filiada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Durante a entrevista conduzida pela apresentadora do quadro, a pesquisadora Erica Lima, as integrantes da Bancada das Manas falaram sobre o pleito deste ano, além da extrema importância de ter mais mulheres envolvidas no cenário político local.

Na ocasião, a pré-candidata a deputada estadual, Marklize Siqueira, que se desligou recentemente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e não faz parte de nenhuma sigla no momento, citou suas pretensões para as eleições de 2022. “Em 2020, eu vim como candidata à vice-prefeita na chapa junto com o Zé Ricardo do PT. Mas, este ano, eu vou estar com as manas na nossa bancada de mulheres”, enfatizou Marklize, que é assistente social da área da Saúde, mestra em Sociologia e ativista do Movimento Feminista e dos Direitos Humanos.

Federação partidária – Ainda segundo Marklize, atualmente no Brasil, todos os partidos de esquerda estão se unindo para ocupar seu espaço no cenário político atual. Isso já ocorre em estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais.

“Esse ano, tivemos a ideia de montar uma bancada coletiva mista. Queremos trazer mulheres de partidos diferentes. […] Nós queríamos trazer essa experiência para o Amazonas. Mas, infelizmente, parece que a classe política local ou alguns dirigentes locais ainda não compreenderam essa dinâmica diferente e inovadora que a política brasileira vem construindo”, explicou Marklize Siqueira.

Em sequência, Michelle Andrews (PCdoB), que também é pré-candidata ao pleito como deputada estadual pela bancada das mulheres, falou sobre como a sigla PCdoB vem tratando o projeto ‘Bancada das Manas em 2022’. “Queremos fazer uma ocupação política. Sabemos que uma eleição requer estrutura, respeito e participação dentro do partido. Ele precisa aceitar o nosso projeto de ocupação, que existe desde 2020, com mulheres, e vai permanecer em 2022, em 2024, e assim por diante. Queremos ampliação de mulheres no cenário político. E o PCdoB foi o primeiro que acolheu o projeto”, contou Andrews, que é estudante de Direito e também atua como produtora cultural e ativista dos Direitos Humanos.

Patrícia Andrade (PCdoB), que atua como líder comunitária no bairro São Raimundo, zona Oeste de Manaus, e também é pré-candidata a deputada estadual pela Bancada das Manas, relatou sobre sua introdução ao mundo da política nas eleições passadas. “Senti um frio na barriga. Foi uma troca que nós fizemos. Marklize ampliava para ser candidata à vice-prefeita e eu entraria no lugar dela na Bancada, onde permaneço até hoje. […] Foi uma loucura. Mas todo mundo deu aquela força e hoje estou aqui. Nunca sonhei em me tornar uma candidata política”, disse.

Violência política de gênero – No decorrer do debate, a também pré-candidata ao cargo de deputada estadual, Alessandrine Silva (PCdoB), fez um adendo sobre a base da violência sofrida pelas mulheres em uma sociedade patriarcal como um todo, seja na política, seja no seu cotidiano comum.

“As mulheres, geralmente, são colocadas para cuidar da família, para cuidar dos filhos, e ainda precisam conciliar tudo isso com trabalho e estudos. A mulher nunca é vista como aquele ser integral”, pontuou a advogada, que também é ativista materna.

Para Alessandrine, um dos métodos para se enfrentar a violência política de gênero é incorporar a mulher e toda a sua complexidade. “É importante dizer que, não fossem as mulheres e essas dinâmicas que nós mesmas construímos para a nossa ocupação, isso não seria possível. […] E isso, a Bancada das Manas e essa pré-candidatura tem feito. É por isso que eu continuo aqui”, enfatizou Alessandrine Silva.

Confira a entrevista completa:

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Por Narel Desiree
Capa/Fotos: Marcus Reis

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