Durante mais uma reunião itinerante da CPI da Amazonas Energia, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/AM), um dos órgãos convidados, revelou que, após fiscalização solicitada pela comissão, os medidores de energia apresentaram o dobro na contagem de consumo elétrico. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 11/2, na 23ª reunião itinerante, ocorrida no bairro Alvorada II.
Segundo o diretor-presidente do IPEM/AM, Márcio Brito, a população estava correta quando suspeitava da leitura dos medidores. “Fiscalizamos mais de 25 mil medidores de energia elétrica e os consumidores tinham razão, porque os aparelhos estavam marcando errado. Em alguns casos, o valor cobrado estava vindo dobrado”.
Segundo Márcio Brito o laudo da Amazonas Energia é unilateral e ilegal. “O laudo da concessionária não tem validade, visto que o oficial é do Ipem. O Ipem é o órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para realizar a medição e definir se os medidores de energia estão marcando corretamente ou não”, completou.
A sessão itinerante contou com a participação dos moradores do bairro Alvorada II, dentre eles o senhor Izaquiel Alves, de 59 anos, que revelou ter sua energia cortada após uma cobrança de R$ 80 mil reais, gerada pela Amazonas Energia.
De acordo com Izaquiel, a conta alcançou esse valor depois do próprio sofrer um acidente, não conseguindo a renda necessária para pagar a fatura.
“Depois do acidente que comprometeu o movimento das minhas pernas, não consegui trabalho e as contas foram acumulando. Tentei negociar, mas sem sucesso, tendo dessa maneira a energia cortada”, explicou o morador.
O presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos (PT), afirmou que irá lutar na Assembleia Legislativa para que os consumidores inadimplentes, junto à concessionária, não tenham seus nomes encaminhados ao Serasa.
“Não queremos que as dívidas de energia sejam repassadas aos cartórios, visto que quando há esse repasse, o nome segue para o Serasa. De uma multa pequena, acaba virando algo impagável, pois como o senhor Izaquiel vai pagar uma dívida de R$ 80 mil reais? Será que ele vai para vela ou lamparina?”, disparou Sinésio Campos.
Reuniões – O parlamentar disse ainda que as reuniões itinerantes da CPI oportuniza o cidadão a registrar a denúncia em órgãos como o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/AM), Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Defensoria Pública do Amazonas (DPE/AM) e Ipem.
“Queremos garimpar denúncias que possam substanciar o relatório final da CPI. Essa empresa está causando danos morais e psicológicos, tem gente que não pode nem ver o carro da Amazonas Energia que já passa mal”, enfatizou Sinésio Campos.
Além da presença do presença do presidente da comissão, Sinésio Campos, o encontro teve a presença do deputado João Luiz (PRB) e de maneira virtual os deputados Carlinhos Bessa (PV), relator, e Serafim Corrêa (PSB).
Representando o Procon/AM, o diretor Jalil Fraxe; Ipem, o diretor-presidente Márcio Brito; DPE/AM, o defensor público do Amazonas, Kennedy Monteiro e lideranças comunitárias do Alvorada II.
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Da Redação com informações da assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
O sr. Izaquel não deveria ser cortado por multa, tendo em vista que os cálculos se referem a débitos pretéritos. Se liga PROCON e CPI.
Se o IPEM afirma que os relógios estão cobrando errado o que está faltando pro PROCON acionar a empresa pra que seja efetuado a trocas dos mesmos, devolução do que foi cobrado indevidamente e aplicar uma multa alta a empresa?
Estamos sendo sujeito a esta situação e a gente q se lasca mesmo. Não pagar e pronto, pagamos o justo e não o injusto, sem necessidade de fraudular empresa, usar e pagar o correto, não o incorreto …