35.3 C
Manaus
sábado, outubro 5, 2024

Cota parlamentar: passagens aéreas e fretamento de aviões lideram gastos de deputados federais do Amazonas

No geral, os parlamentares gastaram R$ 1.316.563,21 com o tipo de serviço. Sendo R$683.961,04 só com o fretamento de aeronaves. Os demais gastos estão relacionados a serviço de comunicação, aluguel de veículos, combustível, telefonia, hospedagem e manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar. Somados os gastos ultrapassam R$ 3,4 milhões

Por

Em ano pré-eleitoral os oitos deputados federais que representam o Amazonas em Brasília gastaram mais de R$ 3,4 milhões com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o “Cotão”. A maior parte desse valor foi usada pelos parlamentares com compra de passagens áreas e fretamento de aeronaves. Dos oitos deputados, dois lideram os gastos em relação ao uso do cotão com viagens, principalmente de avião. Só os deputados Átila Lins (PP) e Sidney Leite (PSD) gastaram, com o tipo de serviço, mais de R$ 600 mil reais.

Os dois encabeçam a lista dos gastos com as viagens de avião, seja em trechos relacionados às viagens entre Manaus e Brasília, ou para municípios do interior do Estado, onde o recurso mais utilizado pelos parlamentares é o fretamento de aeronaves.

No geral, os deputados federais do Amazonas gastaram R$ 1.316.563,21 com tipo de serviço. Sendo R$ 683.961,04 só com o frete de aviões. Recurso esse usado em 2021, por cinco dos oito parlamentares.

Um dos deputados federais que mais gastou a verba do cotão com viagens foi o deputado Átila Lins. Do valor total dos recursos do cotão usados por ele, que somados equivalem a mais de R$ 437 mil, ele gastou R$ 363.607,04 com viagens. Mais da metade desse valor foi usado no  fretamento de aeronaves (R$ 229.144,88).

Com o mesmo tipo de gasto o deputado federal Sidney Leite usou mais de R$ 312 mil em compra de passagens aéreas e frete de aviões. Só com fretamento ele gastou R$ 240.750,00. A maioria das viagens, nesse caso, foi feita para o interior do Estado. No total, com a somatória dos demais gastos relacionados à cota parlamentar, o deputado gastou R$ 468.716,11.

Seguindo o ranking de gastos do cotão com viagens está o deputado Silas Câmara (Republicanos), que encabeça a lista dos deputados federais do Amazonas a usar a cota parlamentar. Do total do recurso usado por ele, que somados equivalem a R$ 505.120,06, ele gastou R$ 189.652,55 com viagens, sendo R$92.150,00 só com o fretamento de aviões.

Os três deputados foram os que mais usaram o recurso com o tipo de serviço. Na ordem de gastos com viagens estão também os deputados Capitão Alberto Neto (Republicanos), com gastos estimados em R$115.437,90; Marcelo Ramos (sem partido), com R$ 113.916,16; Delegado Pablo (PSL) R$ 100.367,93; Bosco Saraiva (Solidariedade) com R$83.634,46 e José Ricardo (PT) com R$ 37.677,11.

Confira:

 

Demais gastos – Além dos gastos com viagens, os deputados federais do Amazonas, usaram uma boa parte do cotão com apoio à atividade parlamentar, relacionado a serviço de comunicação e marketing, consultorias e pesquisas de trabalhos técnicos.

Os demais gastos, de acordo com as informações disponíveis na transparência da Câmara dos Deputados, são relacionados a aluguel de veículos, combustível, telefonia, hospedagem e manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar.

No geral, os oitos parlamentares do Amazonas gastaram com o CEAP R$ 3.451.425,16 em 2021. A maior parte deles gastou entre R$ 500 mil e R$ 400 mil. Apenas o Delegado Pablo usou menos de R$ 250 mil do recurso disponível.

O deputado federal que mais gastou, quando somados os gastos totais com a cota paramentar, foi o deputado Silas Câmara, com R$505.120,06; Seguido de Sidney Leite, com R$ 468.716,11 e Marcelo Ramos, com R$ 464.364,43.

Em quarto lugar no ranking geral de gastos do cotão está o deputado Capitão Alberto Neto, que usou R$ 459.992,23. Na sequência estão os deputados José Ricardo, com R$ 458.321,62; Átila Lins, com 437.616,79; Bosco Saraiva, com R$425.366,41 e Delegado Pablo, com R$ 231.927,51.

Confira:

 

O uso da verba, que difere entre parlamentares e estados, não é ilegal, mas muitas vezes é usada de forma imoral. Pela lei a cota parlamentar custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. O valor mensal não utilizado, de acordo com as normas, fica acumulado ao longo do ano.

— —

Por Izabel Guedes

Fotos: Divulgação / Ilustração e artes: Marcus Reis

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -