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sexta-feira, novembro 22, 2024

Deputados repercutem atos de violência ocorridos no Estado no último final de semana

Todos foram unânimes em afirmar que o problema é preocupante e que precisa ser combatido em sua causa e não apenas nas consequências que produz

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Muita cobrança e questionamentos. Foi esse o clima da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) desta terça-feira, 8/6, após os atos de vandalismo ocorridos em Manaus e em alguns municípios do Amazonas no último final de semana. O assunto foi destacado pelos parlamentares que usaram a tribuna ao defenderem que a situação deve ser tratada com profundidade e com a prioridade que o problema requer. Eles cobraram também maior eficiência do serviço de inteligência do Estado.

Para o deputado Serafim Corrêa (PSB), a crise deve ser combatida no ponto crucial do Estado que, na opinião dele, se trata da tríplice fronteira. “Todos nós sabemos por onde entra a droga no Brasil. Entra pela tríplice fronteira, onde ausência do Estado se faz sentir. Devemos combater aqui em Manaus os efeitos da droga, mas combater os efeitos não vai resolver o problema, temos que combater as causas. E as causas estão exatamente lá na fronteira e você só consegue barrar isso com serviço de inteligência, integração das forças de segurança estaduais e federais. Não pode um ter a informação e esconder do outro”, afirmou ele ao dizer que os fatos ocorridos demonstram que estamos sem o serviço de inteligência.

O serviço de inteligência do Estado também foi alvo de críticas pelo deputado Delegado Péricles (PSL), que afirmou que a gestão estadual não tinha informações concretas sobre o que a facção criminosa planejava executar no Amazonas. “O que me deixou assustado foi que logo depois instauraram um comitê de crise, onde o principal autor dessa reunião seria o secretario de inteligência, levando informações sobre o que tinha acontecido. Simplesmente não se tinha informação de nada e eu poso garantir a vocês que hoje a inteligência do Amazonas não existe”, disse o parlamentar ao criticar a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

“As ações foram paralisadas não por ação do Estado, mas porque a facção resolveu parar e não se sabe quando ela vai querer retomar esse tipo de ação. Isso é preocupante. Porque essa facção e a outra que está aqui estão fortemente armadas e já mostraram que podem, de uma forma organizada, atingir a população amazonense”, opinou.

Críticas – Alguns deputados, além de fazer críticas aos ataques criminosos, cobraram mais efetividade da casa legislativa. “Não podemos emitir uma nota dizendo que vamos fechar, que vamos nos ajoelhar, nos acovardar diante dos fatos que aconteceram. Ontem (7), no mínimo, tínhamos que ter convocado uma sessão extraordinária e pedir a convocação do secretário de segurança e de inteligência. Essa casa tem que ter altivez e exigir solução”, criticou o deputado Dermilson Chagas (Podemos), que entrou com um requerimento pedido o comparecimento do secretário de segurança, coronel Louismar Bonates na Aleam.

Ações – Para outros deputados, além de melhorar a atuação da segurança nas regiões de fronteira, é preciso que sejam implementadas políticas públicas mais eficientes de combate e prevenção ao uso de drogas.

Neste sentido, o deputado João Luiz (Republicanos) sugeriu a recriação da Secretaria Municipal de Esportes. “A gente precisa do trabalho preventivo, senão vamos ficar enxugando gelo. Vou reiterar o pedido, junto à Prefeitura de Manaus, para recriar a Secretaria de Esportes”, disse o parlamentar ao opinar que esporte e educação são medidas que podem auxiliar o jovem a não entrar na criminalidade.

Para o deputado Álvaro Campelo (Progressitas), a medida é algo que pode ajudar, porém apenas a longo prazo. A solução, para ele, seria atacar pontos cruciais como a proteção da fronteira em ações conjuntas e mais efetivas com participação do Exército Brasileiro, Polícia Federal e Polícia Militar do Amazonas.

“É preciso um trabalho efetivo de fiscalização, de enfretamento nessa fronteira. Temos no Estado um problema antigo, que vem de outras administrações. Temos um déficit no efetivo das forças de segurança do Estado, portanto, existe a necessidade de concurso público. Precisamos de investimento em equipamentos, inteligência e valorização do policial. Isso precisa ser feito já. Não podemos esperar que algo aconteça para depois tomar as providencias”, opinou.

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Por Izabel Guedes

Foto: Divulgação

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