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quinta-feira, novembro 21, 2024

Infectologista da Fiocruz Amazônia debate sobre cobertura vacinal no ‘Erica Lima Conversa’

De acordo com a pesquisadora, Flor Martinez para uma doença tão infectuosa que apresenta mais três variantes, o adequado para a cobertura vacinal é uma imunidade coletiva de 85% a 90% de pessoas vacinadas

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A médica infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia, Dra Flor Martinez participou do quadro “Erica Lima Conversa”, do Portal O Convergente desta quinta-feira, 20/5. Ela e a pesquisadora Erica Lima dialogaram sobre a importância da vacinação no aspecto sociológico da comunidade para a diminuição da circulação do vírus que transmite o coronavírus, que já levou mais de 400 mil pessoas a óbito no Brasil.

Martinez explicou que para que haja diminuição na circulação do vírus da Covid-19 é preciso ter um percentual mais elevado de vacinados. De acordo com a pesquisadora, para uma doença tão infectuosa que apresenta mais três variantes, o adequado para a cobertura vacinal é uma imunidade coletiva de 85% a 90% das pessoas vacinadas. Conforme ela, a garantia da imunização de uma comunidade só é alcançada após três semanas depois da segunda dose.

“A partir de duas semanas depois da segunda dose, a pessoa nota uma diferença entre o risco que tem só com uma dose da que tem as duas, mais ainda da que não foi vacinada. Essa proteção vai acontecendo gradualmente até que se complete duas a três semanas depois da segunda dose”, explicou a pesquisadora.

Durante a live, as mutações genéticas do vírus também foram mencionadas. De acordo com Martinez, essas mudanças são normais na replicação dos vírus. Grande parte das alterações não representam um impacto na biologia ou no funcionamento virais, mas a efetividade das vacinas sobre essas novas cepas só serão analisadas com o tempo.

“Na medida que o vírus circula, ele está sendo estimulado a mudar. Essas mudanças quando são consistentes e vão selecionando novas linhagens são quando mais se transmite. Esse exercício de estar avaliando a eficácia da efetividade de uma vacina para uma variante se constroem com tempo”, explicou a médica.

Tipos de vacinas – Nesse momento, apenas 19,06% da população nacional recebeu pelo menos uma dose, o equivalente a 40.365.246 brasileiros, de acordo com os dados fornecidos pelas secretarias de saúde. Os principais imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil são a CoronaVac, que ocupa maior percentual de vacinados, a Oxfod/AstraZeneca e inserida recentemente a Pfizer/BioNTech.

Pausa forçada – Um quarto das cidades brasileiras interromperam a campanha de imunização contra Covid-19 por falta de doses, segundo o Conselho Nacional de Municípios (CNM). A Fiocruz paralisou a produção de imunizantes no país nesta quinta-feira, 20/5, até o recebimento da matéria prima que é importada da China.

Impactos – A interrupção na fabricação de vacinas afeta diretamente ao Plano Nacional de Imunização (PNI), além de comprometer o intervalo da aplicação da primeira dose para a segunda. A infectologista alerta sobre os cuidados mesmo depois da imunização.

“Uma pessoa que recebe uma única dose não está protegida. Nem as pessoas que têm as duas doses estão protegidas. Nós precisamos ter consciência disso, as pessoas não podem ter a falsa impressão de que por terem as duas doses estão acima de qualquer risco. O perigo só vai terminar quando o vírus parar de circular, isso só vamos conseguir com a vacinação”, ponderou Martinez.

Confira a entrevista: 

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