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quinta-feira, novembro 21, 2024

Com mais da metade da população vacinada, Israel se despede do uso de máscaras

A vacinação em massa permitiu que o uso de máscaras não fosse mais obrigatório em lugares abertos. Elas continuam sendo obrigatórias nos ambientes fechados. Israel é um dos países mais avançados no mundo na vacinação.

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Um ano após a imposição de seu uso obrigatório, os israelenses começaram a deixar de usar suas máscaras ao ar livre. Com 62% da população completamente vacinada, o Governo eliminou a obrigação a partir deste domingo, 18/4, embora seu uso continue obrigatório em espaços fechados.

Israel volta à vida de antes da pandemia, pelo menos da porta para fora. A supressão da obrigatoriedade das máscaras coincide com o levantamento das últimas restrições do sistema educacional: o retorno às aulas de todos os alunos do ensino fundamental e a eliminação dos grupos de bolhas e desmembramento das salas de aula.

O desafio enfrentado agora pelas autoridades sanitárias é garantir que os cidadãos continuem observando as normas de distanciamento físico e proteção em espaços fechados. “Todos temos que ter uma máscara no bolso para usá-la quando necessário”, alertou o coordenador nacional contra a pandemia, médico Nachman Ash.

O governo israelense investiu pesado na compra de vacinas da Pfizer/BioNTech, a primeira aprovada por potências ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, e também na campanha de conscientização da importância da imunização.

Por isso, é um dos mais avançados no mundo na vacinação e já estuda reaberturas para países do exterior. Conforme dados do portal da Universidade Johns Hopkins, o país contabiliza 836.926 casos e 6.334 mortes pela Covid-19.

Certificado de vacinação – O certificado de vacinação ou passe verde é a principal ferramenta à disposição dos responsáveis pela saúde pública. Esse salvo-conduto digital permite que os imunizados tenham acesso a hotéis, instalações esportivas, auditórios culturais, bem como bares, restaurantes e salões de festa. E viajar sem necessidade de quarentena para países como a Grécia ou Chipre, que assinaram os primeiros acordos bilaterais de turismo, com a condição de apresentar um teste PCR negativo na chegada ao destino.

De acordo com o governo israelense, 54% da população, o equivalente a 9,3 milhões de pessoas, recebeu as duas injeções de Pfizer-BioNtech, a única administrada no Estado judeu. Cerca de 10% se recuperou da Covid-19 e está imunizada. Se for levado em consideração que outros 30% da população (menores de 16 anos) ainda não podem ser vacinados, na realidade quase 85% dos cidadãos e residentes suscetíveis de receber a vacina já estão protegidos.

Ministério da Saúde – Eran Segal, biólogo do Instituto Weizmann, que analisa a evolução da pandemia em Israel com as ferramentas da informática, constatou que desde o pico da terceira onda, registrado em meados de janeiro, o número de pacientes com teste positivo para Covid foi reduzido em 98%. O Ministério da Saúde registrou 82 casos no sábado, com uma taxa de positividade inferior a 1% desde o início de abril.

A partir de 23 de maio Israel deve começar a aceitar grupos limitados de turistas que puderem comprovar sua vacinação e apresentem testes negativos anteriores à viagem e na chegada.

Palestina – Enquanto em Israel já se circula pelas ruas sem máscara, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia (5,2 milhões de habitantes) as infecções dispararam. Cerca de 40.000 pessoas foram vacinadas na faixa costeira. Outros 110.000 na Cisjordânia, sem contar um número semelhante de trabalhadores palestinos que foram vacinados pelo sistema de saúde israelense. Com comunidades isoladas, as infecções na Palestina não foram afetadas por novas variantes do coronavírus contra as quais a eficácia da vacina da Pfizer ainda não foi determinada.

Os especialistas começam a perguntar se a chamada imunidade de rebanho já foi alcançada no Estado judeu, mas também questionam a eficácia da vacina, que a Pfizer afirma ser de 91% nos primeiros seis meses. O declínio contínuo da taxa de infecção apesar do levantamento das restrições ―em todas as faixas etárias, incluindo os menores não vacinados― e a reabertura da economia apontam que em Israel já se vive uma nova normalidade, muito parecida com a anterior à pandemia.

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Foto: Divulgação

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