Por causa da pandemia da Covid-19, ficou para os dias 15 e 16 de maio, a eleição de 155 pessoas para redigir a nova Constituição do Chile. Pela primeira vez no mundo, uma nova carta será escrita por um número igual de homens e mulheres. Os chilenos também garantiram 17 cadeiras para representantes de grupos indígenas.
A nova Constituição foi conquistada pelas manifestações massivas nas ruas de Santiago e todo o país desde outubro de 2019. Manifestantes se levantaram contra a desigualdade nas pensões, a privatização de recursos naturais, o endividamento de estudantes e a falta de atenção de saúde.
O Movimento Feminista teve papel fundamental, além da participação de Mapuche. Os protestos pressionaram o governo a convocar um plebiscito e 80% da população decidiu enterrar a Constituição de 1980, promulgada pelo ditador General Augusto Pinochet.
A Convenção Constitucional terá duração de nove meses, prorrogáveis por mais três meses. No final deste período, os cidadãos serão convidados a votar o texto final em um referendo. Uma nova Constituição poderá trazer a mudança radical e igualitária para os 19 milhões de habitantes de um dos países mais desenvolvidos da América Latina.
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