O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um conjunto de medidas para a internação e o esquema de segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após autorizar a realização de uma cirurgia.
Bolsonaro dará entrada no hospital DF Star, em Brasília, na quarta-feira (24), onde passará por exames pré-operatórios. O procedimento cirúrgico — uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral — está previsto para a quinta-feira (25).
A decisão prevê que o traslado do ex-presidente seja feito pela Polícia Federal de forma discreta, com acesso ao hospital pelas garagens da unidade. O horário da internação não foi especificado pelo ministro.
Antes do deslocamento, a Polícia Federal deverá articular diretamente com o diretor do hospital, Allison Bruno Barcelos Borges, os detalhes da permanência e da segurança durante o período de internação.
O trajeto entre a Superintendência da PF, onde Bolsonaro se encontra custodiado, e o hospital é curto, com cerca de 2,5 quilômetros, o que deve permitir um deslocamento rápido, inferior a dez minutos.
Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, a equipe médica estima que o ex-presidente permaneça internado por pelo menos uma semana após a cirurgia. Durante todo o período, a segurança será integralmente assumida pela Polícia Federal, incluindo a vigilância do quarto e das dependências hospitalares.
A determinação judicial estabelece monitoramento ininterrupto, com ao menos dois agentes da PF posicionados na porta do quarto, além de outras equipes distribuídas dentro e fora do hospital, conforme avaliação da corporação.
O despacho também veda a entrada de aparelhos eletrônicos no quarto, como celulares, computadores e dispositivos similares, excetuando-se apenas os equipamentos médicos necessários. A Polícia Federal ficará responsável por fiscalizar o cumprimento da medida.
Moraes autorizou ainda a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante toda a internação. Outras visitas, inclusive de filhos do ex-presidente, só poderão ocorrer mediante autorização prévia da Justiça.
*Com informações da CNN
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