O adiamento da sabatina e da votação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF) provocou reações imediatas no Senado nos últimos dias. A decisão foi tomada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União), após o Poder Executivo não encaminhar oficialmente a mensagem presidencial que formaliza a indicação. No Plenário, a manifestação mais enfática em defesa de Alcolumbre veio do líder do PSD, senador Omar Aziz, que criticou ataques dirigidos ao presidente do Senado e destacou sua atuação institucional.
Omar foi o primeiro a ocupar a tribuna após o anúncio do adiamento. Em seu discurso, repudiou críticas feitas a Alcolumbre e afirmou que ele tem mantido uma conduta republicana tanto no atual governo quanto nos anteriores. Para o líder do PSD, a opção pelo cumprimento rigoroso do rito constitucional demonstra respeito ao Senado e ao processo de indicação ao Supremo.
“Em momento algum Vossa Excelência tentou utilizar o Senado Federal para barganhar qualquer tipo de coisa na República. A solidariedade do PSD a Vossa Excelência pelas críticas infundadas sobre a sua relação republicana. Parabéns pela sua postura, pela sua conduta”, declarou Omar Aziz.
A fala do senador amazonense abriu uma série de manifestações em apoio a Alcolumbre, vindas de diferentes partidos. Parlamentares destacaram que a prerrogativa do Senado no processo de sabatina não pode ser relativizada e que a Casa deve aguardar a formalidade exigida constitucionalmente.
Em resposta aos senadores, Alcolumbre reafirmou que todo o posicionamento da Mesa Diretora está descrito na nota oficial divulgada no domingo. Segundo ele, a repercussão após a publicação reforçou a legitimidade da decisão.
“Tudo o que nós poderíamos falar em relação a esse episódio está concretamente delineado naquela carta pública. Elevar essas prerrogativas é elevar a estatura da Casa da Federação”, disse.
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