Um dia após romper com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), também rompeu nesta terça-feira, 25, com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Motta teria pedido para que o bolsonarista não conte mais com ele. A informação é do Metrópoles.
Segundo um interlocutor de Motta, o presidente da Câmara se viu “cansado” da tentativa dos dois líderes de polarizarem os assuntos da Casa e causarem tumultos vistos como desnecessários em prol de pleitos de seus partidos. Além disso, recentemente, os dois deram entrevistas criticando ou fazendo afirmações falsas em nome de Motta, o que teria incomodado o político paraibano.
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Após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição intensificou a pressão sobre o dirigente da Câmara para que a anistia fosse pautada. Entretanto, após ouvir os líderes, Motta entendeu que não é o momento adequado para votar o texto.
Nessa segunda-feira (24/11), Motta afirmou que rompeu com o líder do PT. Um dos principais motivos foram as declarações de Farias criticando o presidente da Casa publicamente. Segundo o petista, Motta teria transformado o PL Antifação em uma “lambança” ao escolher o bolsonarista Guilherme Derrite (PL-SP) para relatar o projeto.
Ainda de acordo com fontes, o político republicano não pretende “correr atrás” nem de Farias, tampouco de Cavalcante, por entender que o governo é quem precisa dele, assim como os bolsonaristas, e não o contrário.
Oposição ameaça
O líder do PL afirmou que, caso o texto não seja votado em breve, a sigla deve adotar novas medidas similares à obstrução da mesa em agosto. A base do ex-presidente Bolsonaro sequestrou as mesas das duas Casas legislativas, impedindo a votação de projetos no Congresso Nacional.
“Nossa paciência já esgotou uma vez e pode esgotar novamente. Nós não suportamos mais. Nós somos cobrados pelas famílias […] Não vai pra pauta? Vamos fazer uma reunião para tomar outras medidas. Aí, isso são questões estratégicas que só iremos divulgar em um momento oportuno”, afirmou Cavalcante ao Metrópoles.
Fonte: Metrópoles


