Professores da rede municipal denunciaram ter sido agredidos por agentes da Prefeitura de Manaus durante um protesto contra o projeto de reformulação da previdência municipal, realizado nesta quinta-feira, 20, na Ponta Negra, na zona Oeste. Os servidores afirmam que a manifestação seguia pacífica quando equipes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) tentaram intervir de forma violenta.
A mobilização ocorreu um dia depois da publicação da reforma da Previdência municipal, sancionada na quarta-feira (19), que altera regras de aposentadoria e aumenta a idade mínima para servidores que ingressaram no serviço público após 31 de dezembro de 2003.
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Com cartazes que chamavam a proposta de “PL da Morte” e gritos direcionados ao prefeito David Almeida (Avante), os professores realizaram o ato em frente à Parada Natalina da Prefeitura, evento que contaria com a presença do prefeito — que, no entanto, não compareceu.
Segundo os professores, a tensão aumentou quando agentes do IMMU avançaram para retirar o carro de som usado pelos manifestantes. Para impedir o confisco do veículo, os educadores formaram uma corrente humana, o que, segundo eles, motivou empurrões e agressões por parte dos servidores municipais.
O episódio gerou um princípio de confusão e troca de acusações entre manifestantes e agentes públicos. Além disso, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram agentes da Guarda Municipal e professores durante um empurra-empurra.
Segundo relatos dos professores, um agente da Guarda Municipal teria utilizado spray de pimenta contra o grupo no momento do tumulto. Apesar da confusão, não houve prisões. Após o encerramento do protesto, representantes da categoria foram ao 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP) registrar um boletim de ocorrência sobre o episódio.
Durante o protesto, o coordenador jurídico da Asprom Sindical, Lambert Melo, criticou o prefeito David Almeida. Ele classificou o Projeto de Lei Complementar (PLC) da previdência como “uma condenação aos servidores públicos municipais a trabalharem até morrer”, afirmando que a categoria não aceita mudanças que prejudiquem quem já vive sob condições salariais difíceis.
Outro lado
O Convergente solicitou posicionamento da Prefeitura de Manaus sobre as denúncias de agressão e sobre a atuação dos agentes do IMMU durante o protesto. Até o momento, não houve resposta.


