O governador do Amazonas, Wilson Lima, determinou nesta segunda-feira, 17, a abertura de uma sindicância para identificar quem autorizou o uso da identidade visual oficial do Governo do Estado em materiais do Festival Amazonas de Música com elementos de linguagem neutra. O evento ocorreu nos dias 14 e 15 no Parque Rio Negro, em Manaus.
A reação do governador foi divulgada em um vídeo publicado nas redes sociais na noite de segunda-feira. Na gravação, Wilson Lima afirmou que o conteúdo não segue as orientações da administração estadual.
“Acabo de ser informado de que um evento patrocinado pelo Governo do Amazonas usou linguagem neutra em sua comunicação. Quero deixar bem claro: isso não representa as diretrizes, valores e nem determinações do nosso governo. Nós não autorizamos e nem compactuamos com essas práticas. Já determinei a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades. Quero saber quem autorizou, quem deixou passar e por qual motivo um conteúdo que contraria as determinações oficiais, usando o nome do Estado. Isso não vai se repetir”, declarou.
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Na legenda da publicação, o governador reforçou também o posicionamento e a determinação para apurar responsabilidades. “Linguagem neutra não representa as diretrizes, os valores, nem a orientação do nosso governo. Já determinei a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades sobre o uso desse tipo de linguagem em comunicação oficial. Isso não vai se repetir.”
Vale lembrar que a linguagem neutra, utilizada em alguns movimentos ativistas, não integra a norma-padrão da língua portuguesa e não é reconhecida como forma oficial de comunicação pública no Brasil. Órgãos governamentais, por regra, adotam exclusivamente a linguagem prevista nas normas gramaticais oficiais.
Sindicância
A sindicância deverá identificar quem aprovou o material gráfico utilizado no festival e esclarecer se houve falha de comunicação entre as equipes envolvidas na produção do evento.
O Convergente não localizou o contato dos organizadores do Festival Amazonas de Música, mas esclarece que o espaço segue aberto para devidas manifestações.


