O ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou nesta quarta-feira (8) que foi procurado por representantes de vários partidos políticos após sofrer pressão do União Brasil para deixar o cargo. Apesar disso, afirmou que ainda busca convencer a sigla a manter seu apoio.
“De fato, fui procurado por diversos partidos, mas continuo tentando mostrar ao União Brasil o melhor caminho e a direção mais acertada”, afirmou o ministro após confirmar que permanecerá no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mais cedo, Sabino resistiu à exigência feita por sua legenda no mês passado, quando o União Brasil estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus integrantes com cargos no governo federal renunciassem, sob risco de serem enquadrados por infidelidade partidária.
Na manhã desta quarta-feira, durante reunião da Executiva Nacional, o partido decidiu afastar Sabino das deliberações internas. Ao ser questionado sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026 pela sigla, ele não descartou a hipótese, afirmando que “tudo é possível” e sinalizando abertura para uma eventual mudança de partido.
Apesar do atrito, Sabino reafirmou seu compromisso com o governo federal. “Vou seguir ao lado do presidente Lula e também mantendo meu trabalho com os muitos amigos que tenho dentro do União Brasil”, afirmou.
O ultimato da legenda ocorreu em um contexto delicado para o partido. A direção da sigla manifestou apoio irrestrito ao presidente do União Brasil, Antônio Rueda, após o nome dele ter sido incluído em investigações da Polícia Federal. As apurações envolvem a suposta infiltração da facção criminosa PCC nos setores de combustíveis e financeiro do país.
*Com informações da CNN
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