O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou após a Polícia Federal (PF) divulgar mensagens privadas nas quais o pastor Silas Malafaia fazia duras críticas a ele em conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Malafaia havia sido alvo de uma operação da PF, que cumpriu mandado de busca e apreensão no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Eduardo prestou solidariedade ao líder religioso e disse que a divulgação das mensagens seria apenas uma “cortina de fumaça”.
“Pastor Silas Malafaia, estamos juntos. O senhor está sofrendo os últimos atos desse regime. É aquela situação de desespero, em que eles já não sabem mais o que fazer. Tem até gente achando que o [Donald] Trump vai mudar de ideia, ou pensando que é igual ao Brasil, onde o escritório de advocacia pode reverter as coisas. Nos Estados Unidos a realidade é outra. Então, siga firme e forte. Estamos juntos, pastor. O senhor, assim como eu, está preocupado com o Brasil e os brasileiros. Bola para frente, ‘vambora’”, declarou o parlamentar.
No entanto, os diálogos revelados pela PF mostram que, em 11 de julho, dois dias após Donald Trump anunciar tarifas de 50% contra o Brasil, Malafaia chamou Eduardo de “babaca” e “estúpido de marca maior”. Segundo o pastor, só não tornou públicas as críticas em vídeo por respeito a Jair Bolsonaro.
Na mesma data em que fez a defesa de Malafaia, Eduardo e Jair Bolsonaro foram indiciados pela PF por coação no curso do processo que apura a tentativa de golpe de Estado. As investigações indicam que Eduardo teria atuado para articular pressões contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.
Durante sua fala, o deputado também citou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Flávio Dino, afirmando que ambos estariam enfrentando resistência em instituições financeiras internacionais. De acordo com ele, “não há cenário de vitória para o STF”.
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