O pastor Silas Malafaia foi alvo de busca pessoal e de apreensão de celulares em operação da Polícia Federal na noite desta quarta-feira, 20, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura o crime de coação no curso do processo. Essa coação, segundo a PF, foi cometida contra autoridades que conduzem o processo da tentativa de golpe de Estado, no qual Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus.
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Segundo o G1, o pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa. Ele foi conduzido para as dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à PF. Além da apreensão de aparelhos, Malafaia foi alvo de medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados.
O ministro Alexandre de Moraes também determinou a apreensão do passaporte de Silas Malafaia.
“As condutas de SILAS LIMA MALAFAIA, em vínculo subjetivo com JAIR MESSIAS BOLSONARO, caracterizam CLAROS e EXPRESSOS ATOS EXECUTÓRIOS, em especial dos crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal) e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa”, argumenta o ministro.
Por nota, mostrou a CNN, a PF informou que Malafaia está sendo ouvido pelos agentes no Aeroporto do Rio de Janeiro.
“Vão ter que me prender”
Após a operação, o pastor Silas Malafaia concedeu uma entrevista à imprensa onde afirmou que só irá se calar caso seja preso.
“Eu que sou o criminoso? Isso é uma vergonha (…) Que país é esse? Que democracia é essa? Eu não vou me calar. Vai ter que me prender pra me calar”, afirmou.
Fonte: G1 e CNN