O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou a aliados e interlocutores ter firmado qualquer compromisso com a oposição bolsonarista para colocar em votação o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. A informação é da coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
Na noite de quarta-feira (7/8), líderes de partidos da oposição sugeriram que haviam chegado a um acordo com Motta: em troca de encerrarem a ocupação da Mesa Diretora da Câmara, o presidente da Casa colocaria a proposta de anistia em pauta. A negociação, segundo eles, também incluiria o projeto que acaba com o foro privilegiado.
Entre os partidos citados como participantes da articulação estão o PL, de Jair Bolsonaro, o Novo e siglas do Centrão, como PP, União Brasil e PSD.
Apesar das declarações públicas dos oposicionistas, Hugo Motta afirmou posteriormente a interlocutores que não fez qualquer compromisso com os líderes partidários. Ele reiterou que o suposto acordo foi articulado exclusivamente entre os partidos, sem a participação direta da presidência da Casa.
A própria oposição, segundo a coluna, admitiu em conversas reservadas que Motta não assumiu nenhum tipo de compromisso formal. O movimento foi uma tentativa interna de costurar apoio político para dar fôlego à proposta de anistia.