Em charge do O Convergente, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e sua irmã, a ex-secretária municipal de Educação, Dulce Almeida, aparecem despencando em direção ao índice de alfabetização registrado pela capital em 2024. A imagem simboliza a queda no desempenho da rede pública municipal, que não conseguiu atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano.
Segundo dados do Indicador Criança Alfabetizada, divulgado pelo Inep, Manaus alcançou apenas 50,13% de crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, ficando bem abaixo da meta nacional de 56,8%. A situação se torna ainda mais preocupante diante da meta de 59,9% prevista para 2025, representada na charge como o próximo alvo – cada vez mais distante, enquanto a educação escorrega.
O contexto por trás da imagem é agravado por uma série de denúncias envolvendo a gestão de Dulce Almeida à frente da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Além disso, Dulce é alvo de investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) por suposto desvio de R$ 41,8 milhões do Fundeb para o fundo municipal de assistência médica aos servidores, o que é ilegal segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Vale lembrar que o município foi excluído do recebimento de recursos complementares do Fundeb — cerca de R$ 53 milhões — por não cumprir critérios mínimos de transparência.
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