O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai liberar R$ 70 bilhões para o financiamento do Plano Safra 2025/2026. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) e marca o maior montante já destinado pela instituição ao programa. Embora o recorde, o acréscimo de 5% em relação ao ano passado não represente um ganho real, já que está abaixo da inflação acumulada no período.
Referência no apoio ao crédito rural, o Plano Safra é uma das principais estratégias do governo federal para oferecer financiamentos com juros mais acessíveis aos produtores do campo. O BNDES, como banco público de fomento, atua diretamente na concessão desses recursos.
Do total anunciado, R$ 39,7 bilhões virão de programas agropecuários do governo, enquanto os outros R$ 30 bilhões são de recursos próprios do BNDES. Os valores poderão ser utilizados em operações de custeio, investimento e comercialização ao longo dos próximos 12 meses.
Dentro dos recursos federais, R$ 26,3 bilhões estão reservados para médios e grandes produtores, com taxas de juros que variam entre 8,5% e 14% ao ano. Já os agricultores familiares poderão acessar R$ 13,4 bilhões, com juros mais baixos, que vão de 0,5% a 8% ao ano.
O banco também disponibilizará R$ 14,4 bilhões com custo financeiro atrelado ao dólar. Essa linha é voltada a produtores exportadores, como forma de alinhar os financiamentos à moeda em que suas receitas são geradas.
Os interessados poderão contratar os financiamentos diretamente com o BNDES ou por meio de cerca de 80 instituições financeiras parceiras habilitadas em todo o país.
O volume total do Plano Safra 2025/2026, lançado oficialmente em 1º de julho, é de R$ 516,2 bilhões. Esse valor inclui linhas de crédito rural de diferentes fontes, todas coordenadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
A expectativa de produção para o próximo ciclo é promissora. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá alcançar 333,3 milhões de toneladas em 2025, o que representa um avanço de 13,9% em relação ao desempenho de 2024.