A Companhia Energética de Roraima (Cerr) confirmou, pela primeira vez, que irá desligar funcionários sem função desde 2017, ano em que a empresa pública perdeu o direito de gerar e distribuir energia elétrica no estado. A medida foi anunciada em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (19), um dia após um protesto de empregados em frente ao Palácio Senador Hélio Campos.
De acordo com a Cerr, as demissões atendem a uma recomendação do Ministério Público de Roraima (MPRR), que orientou o desligamento de servidores cujas funções não são mais consideradas essenciais no processo de liquidação da companhia.
Centenas de trabalhadores participaram da manifestação na quarta-feira (18), cobrando o enquadramento definitivo na folha salarial do Governo do Estado. Eles argumentam que seguem ativos, apesar da ausência de funções formais, e reivindicam estabilidade e garantia de direitos.
Em resposta, a administração da Cerr, atualmente sob gestão de João Alfredo de Souza Cruz, afirmou que está tomando “todas as medidas necessárias” para assegurar os direitos trabalhistas dos empregados celetistas.
Fundada em 1969, a Cerr foi responsável por fornecer energia elétrica para o interior de Roraima até perder a concessão em 2016. As operações foram transferidas inicialmente para a Eletrobras Roraima e, posteriormente, para a Roraima Energia, a partir de 2018. Desde então, a empresa segue em processo de liquidação.
*Com informações da Folha de BV
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